Tiro no peito matou brasileira em New Jersey

Por Gazeta Admininstrator

Patrícia Silva Santos, 22 anos, que gerenciava uma agência de viagens em Long Branch (NJ) foi encontrada morta com um tiro no peito pelo proprietário goiano Byl Farney por volta das 2h30pm da última quarta-feira (20). Filha de imigrantes mineiros, Patrícia morava há 1 ano e meio nos Estados Unidos e era natural do bairro de São Miguel Paulista, região metropolitana de São Paulo.

Quando Byl Farney chegou à agência na última quarta-feira (20), bastou levar a mão na fechadura da porta para perceber que algo estava errado. “A porta nunca ficava trancada naquele horário. Mas imaginei que Patrícia pudesse ter saído para o almoço”, disse.

Ao entrar no escritório, Byl deparou-se com a sua gerente caída atrás da mesa. “Bati o olho nela e vi que a blusa tinha um furo. Nunca vi uma cena dessas antes e não consegui discernir o que poderia ser aquilo”, relata.

Segundo Byl, em questões de segundos lhe vieram várias possibilidades. “Não sabia se ela estava só desmaiada, se tinha acontecido um assalto. Passaram tantas coisas pela minha cabeça!”, afirmou.

Sem saber bem o que fazer e desesperado, Byl rapidamente telefonou para o número de emergência 911 pedindo por socorro. Conforme recomendação, Byl foi para fora da agência esperar a chegada da ambulância e da polícia.

Frieza

Ao contrário do que vem sendo divulgado por alguns veículos na imprensa brasileira, Byl acredita que Patrícia não teria sido estuprada ou tido várias perfurações.
“Quando a encontrei, ela estava esticada no chão vestida normalmente. Também só tinha um furo na blusa”, descreve.

Apesar disso, para Byl o crime foi bárbaro. “Não sei o que aconteceu lá dentro, mas acho que ela foi judiada. O assassino teve muito sangue frio, pois ainda teve tempo de tirar as câmeras internas de segurança”. Em seguida, o criminoso saiu pela porta dos fundos da loja.

Suspeitos

Sobre as informações que vem sendo divulgadas por alguns veículos no Brasil apontando o namorado de Patrícia como possível suspeito, Byl Farney opina que não faz sentido. “Não estou entendo nada do que está acontecendo”. Para o proprietário, possivelmente o criminoso que a matou deveria conhecê-la e pode ter tido razões pessoais. “Não falávamos sobre assuntos pessoais no trabalho. Eu também dizia à ela que não queria conhecidos ou amigos dela lá na agência. Mas mesmo assim, muitas vezes eles apareciam”, comentou.

Após o crime, Byl foi interrogado pelas autoridades. “Fornecemos todos os nomes das pessoas que estiveram na agência ou telefonaram para lá. Procuramos passar tudo para colaborar com as investigações”, disse.

No momento, Byl Farney aguarda liberação da polícia para reabrir a agência, o que deverá acontecer ainda amanhã (23). Ele mora há 14 anos nos EUA e tem a agência há cinco anos.

Familiares em choque
Toda a família de Patrícia mora em Long Branch (NJ), o pai Enaldo Ribeiro da Silva, de 42 anos, natural de Diamantina – MG, a mãe Maria Elizabete Antunes da Silva, de 43 anos, natural de Montes Claros – MG e o irmão caçula Robert Antunes da Silva, de 18 anos, também do bairro São Miguel Paulista, São Paulo.

Maria Elizabete, que faz limpeza de casas, e seu marido, mecânico de automóveis, souberam da tragédia quando ainda estavam no trabalho, após ambos receberem uma ligação telefônica por volta das 3 horas da tarde. Ela disse que foi impedida pelas autoridades de ver o corpo da filha no local do crime e que sua família finalmente daria o último adeus durante as visitas à funerária e à igreja.

Segundo Maria Elizabete, o detetive Michael Veradero informou-lhe que o Departamento de Polícia divulgará à família as circunstâncias do crime somente após a cremação da vítima, para “evitar mais sofrimento”.

A mãe de Patrícia acredita que a polícia encontrará o criminoso e que a justiça será feita.

“O pior já aconteceu. Nada trará a minha filha de volta. Ela era uma grande filha, uma pessoa muito carinhosa, bonita e alegre. Estamos sofrendo muito. Qualquer outra notícia não será pior que isso”, disse ela.

A última vez que Maria Elizabete conversou com sua filha foi no dia anterior ao crime, 19 de dezembro, quando ambas combinaram ir a um salão de beleza local.