Tiroteio em boate gay de Orlando deixa dezenas de mortos

Por Gazeta News

boate pulse

Dezenas de pessoas morreram depois que um atirador abriu fogo dentro da boate Pulse, voltada ao público LGBT em Orlando, na madrugada deste domingo (12), por volta de 2am. Inicialmente a polícia disse que 20 pessoas haviam morrido, mas na manhã deste domingo, o número de mortos aumentou para 50, de acordo com comunicado das autoridades. Pelo menos outras 42 pessoas foram levadas a hospitais da região. A polícia chama o incidente de um ato de terrorismo.

O atirador morreu durante uma troca de tiros com a polícia. O Itamaraty afirmou que, por enquanto, não há registro de brasileiros entre as vítimas, disse o G1.

Mas o brasileiro Guilherme Gargano, que vive em Orlando, disse em um post em sua página do Facebook que seus amigos estavam lá. "Eu estou em choque ainda, sem acreditar! Meus amigos estavam lá, eu não fui não sei por que, eu fiquei em casa em pleno sábado! Graças a Deus estou bem e meus amigos também! Aliás ainda não sei se alguém se machucou... Mas confesso que estou com muito medo!"

O FBI está investigando o caso como um possível ataque terrorista doméstico. A rede de TV CBS afirma que o suspeito se chama Omar Mateen, mas a polícia ainda não confirmou a informação.

Quando agentes chegaram à boate, houve troca de tiros do lado de fora e o atirador voltou para dentro e fez reféns por algumas horas.

"Às... 5h nesta manhã, foi tomada a decisão de resgatar as vítimas mantidas reféns dentro do local. Nossos policiais trocaram tiros com o suspeito. O suspeito está morto", disse o chefe de polícia de Orlando, John Mina.

Para entrar na casa noturna, a polícia realizou uma "explosão controlada" com ajuda de uma equipe da Swat. Ao menos um policial ficou ferido no tiroteio com o agressor, mas a ação da polícia salvou ao menos 30 vidas, disse Mina.

Não ficou claro quando as vítimas dentro do clube morreram, se foi antes, durante a tomada de reféns ou no confronto entre o atirador e a polícia.

O suspeito portava um rifle e uma arma de pequeno porte, além de um "dispositivo" não identificado implantado nele. O Corpo de Bombeiros deslocou uma equipe de desativação de artefatos explosivos, indicou o "Orlando Sentinel".

O caso ocorre um dia depois da morte da cantora Christina Gripe, assassinada após fazer um show também em Orlando. Kevin James Loibl, de 27 anos, foi identificado como o autor dos disparos e se matou após o incidente. A polícia acredita que os dois casos de violência não estão relacionados.

Relatos da Pulse "Por volta das 2h, alguém começou a atirar. As pessoas se jogaram no chão", contou um dos frequentadores, Ricardo Negron, à Sky News. A testemunha disse ter ouvido disparos contínuos por quase um minuto, embora tenha parecido muito mais.

A boate Pulse, que se apresenta em seu site como "o bar gay mais quente de Orlando", publicou no Facebook uma última mensagem urgente: "Todos saiam da Pulse e continuem correndo". Com informações do G1 e Orlando Sentinel.