Três dos onze jovens feridos no massacre do Realengo estão em estado grave

Por Gazeta Admininstrator

Três dos onze jovens feridos na tragédia de Realengo, na quinta-feira (7), seguem internados em estado grave, inspirando cuidados rigorosos, de acordo com informações da Secretaria estadual de Saúde. O corpo do atirador está no IML. Nenhum parente apareceu para tratar do enterro.

O delegado titular da Divisão de Homicídios do Rio, Felipe Ettore, disse em entrevista ao Jornal da Globo, que o principal objetivo das investigações é traçar um perfil psicológico de Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo ataque.
"A mãe biológica dele seria portadora de esquizofrenia, segundo relatos dos familiares identificados. A importância é traçar se essa doença mental dele é hereditária", completou.

Como foi
A tragédia foi por volta das 8h30 de quinta-feira (7), horário do Rio de Janeiro. Wellington entrou na escola e atirou em salas de aula lotadas.

Os enterros das 12 crianças que morreram começaram na sexta-feira, dia 8, sendo dez meninas e dois meninos. O atirador se matou, de acordo com a polícia. A perícia realizada achou sua casa totalmente destruída: móveis e eletrodomésticos foram quebrados.

Os investigadores querem saber como um rapaz sem antecedentes criminais sabia manusear as armas. Ele usou dois revólveres: um de calibre 38 e outro de calibre 32 e estava com muita munição num cinturão. Ele usava um equipamento chamado de "speedloader", um dispositivo que ajudava a recarregar as armas rapidamente, de uma vez só.

A polícia está tentando descobrir como Wellington conseguiu as armas. O revólver 38 está com a numeração raspada, o que dificulta o rastreamento. Os investigadores localizaram a origem da outra arma, de calibre 32. O dono dela já morreu e, em depoimento, seu filho disse que o revólver tinha sido roubado há quase 18 anos.

Fonte: G1