Trump adia operações de deportação do ICE por duas semanas

O presidente Donald Trump, anunciou neste sábado (22) que está adiando as operações que deportariam milhares de imigrantes a partir de domingo (23). As operações do US Immigration and Customs Enforcement estavam planejadas para ocorrer em 10 cidades americanas, incluindo Miami. "A pedido dos democratas, adiei o Processo de Remoção da Imigração Ilegal (deportação) por duas semanas para ver se os democratas e os republicanos podem se unir e encontrar uma solução para os problemas do Asilo e na Fronteira Sul", disse Trump no Twitter no sábado. "Se não, as deportações começam!" No começo do dia, Trump defendeu as operações, argumentando que as famílias alvo da operação estavam fugindo da lei. "As pessoas que o ICE vai prender já foram condenadas a serem deportadas", Trump twittou. "Isso significa que eles fugiram da lei e saíram dos tribunais. Essas são pessoas que deveriam voltar para seu país de origem. Eles quebraram a lei entrando no país e agora ficando". A ICE estava planejando prender e deportar cerca de 2 mil famílias imigrantes com ordens de remoção em 10 cidades, a partir do domingo, disse um alto funcionário da imigração à CNN. "Estas são pessoas que entraram ilegalmente no país. Eles foram intimados. Eles passaram por um processo. Um processo dos tribunais, e eles têm que ser removidos do país", disse Trump. "Eles serão removidos do país". As operações estavam sendo planejadas em Atlanta, Baltimore, Chicago, Denver, Houston, Los Angeles, Miami, Nova Orleans, Nova York e São Francisco. Trump fez um anúncio vago no começo da semana de que uma operação do ICE era iminente. Ele alegou que seu governo estaria deportando "milhões" de imigrantes indocumentados na próxima semana. Com isso, o presidente divulgou a operação antes de ser realizada, surpreendendo assim autoridades dentro de sua própria administração. O secretário interino do Departamento de Segurança Interna, Kevin McAleenan, no entanto, tem hesitado sobre os elementos da operação, disseram duas fontes familiarizadas à CNN. De acordo com uma fonte familiarizada com a situação, McAleenan desistiu de uma aparição prevista para domingo, no dia em que a operação do ICE deveria começar. Isso aumenta a especulação de que haja uma divisão com a Casa Branca.

Democratas

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, no sábado, pressionou para que Trump suspendesse os ataques, que ela chamou de "sem coração" e uma "ação brutal que destruirá as famílias e injetará terror em nossas comunidades". "Essas famílias são membros que trabalham duro em nossas comunidades e em nosso país. A ação do presidente não faz distinção entre uma violação de status e cometer um crime grave", disse Pelosi em um comunicado. Na sexta-feira (21), os prefeitos das cidades se manifestaram contra os ataques e expressaram apoio às famílias migrantes. "É inconcebível que a administração federal esteja alvejando famílias de imigrantes inocentes com ataques secretos que são projetados para infligir o máximo de medo e dor possível", disse o prefeito de São Francisco London Breed, que lidera uma cidade-santuário. Alguns dos prefeitos, incluindo Lori Lightfoot, de Chicago, e Eric Garcetti, prefeito de Los Angeles, disseram que a cidade não ajudaria nas incursões da imigração. Mark Morgan, chefe interino do ICE, disse a repórteres na quarta-feira (19) que o objetivo é "não separar famílias", mas impedir que imigrantes atravessem ilegalmente a fronteira dos EUA com o México.Com informações da CNN.

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