Trump anuncia decisão sobre o fim do DACA na terça, 5

Por Gazeta News

[caption id="attachment_130096" align="alignleft" width="269"] 800 mil jovens podem perder o direito de permanecer no país. Foto: ONG Immigrants for DACA.[/caption]

Quase um milhão de imigrantes beneficiados pelo programa Deferred Act for Childhood Arrivals – popularmente conhecido como DACA – podem perder na próxima semana o direito de permanecer legalmente nos Estados Unidos, além de trabalhar e estudar.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, revelou na sexta-feira, 1, que o presidente Donald Trump vai anunciar a decisão na terça-feira, dia 5 de setembro, prazo dado para responder a uma petição enviada à Casa Branca por um grupo de procuradores-gerais estaduais Republicanos, exigindo o fim do programa que foi assinado pelo ex-presidente Obama em 2012 e autoriza a presença de imigrantes trazidos quando crianças pelos pais para os Estados Unidos, protegendo-os da deportação.

O presidente da Câmara, Paul Ryan, divulgou na última sexta-feira um pedido aos esforços legislativos para preservar as proteções dos jovens imigrantes indocumentados - e pediu ao presidente para não acabar com o programa.

Ryan disse que o Congresso está trabalhando em uma solução legislativa para preservar o programa e acredita que isso é algo que o Congresso tem que corrigir.

Segundo fontes do próprio governo, o presidente estaria inclinado a terminar de vez com o benefício, o que coloca em risco imediato de deportação os DREAMERS - cerca de 800 mil jovens beneficiados, que cresceram no país, e hoje estudam e trabalham.

O atual chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly – ex-diretor do Departament of Homeland Security - estaria tentando negociar uma prorrogação do prazo dado para a decisão, a fim de que o governo possa avaliar melhor o que fazer.

O programa é defendido pelo empresário Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, criou uma petição para manter o programa em uma carta aberta e subscrita por 359 empresários e empreendedores das principais empresas dos Estados Unidos. Para os empresários, a postura sobre imigração de Donald Trump pôe em perigo o programa e a vida de vários jovens.

Assinaram a petição vários outros empresários que têm em seu quadro de empregados, jovens inscritos no programa, como o fundador da Amazon, Jeff Bezos; o administrador-delegado da Apple, Tim Cook; o presidente da Best Buy.

O governador Rick Scott emitiu em comunicado sobre a questão que “o presidente deveria ter decidido em conjunto com o Congresso, que é como fazemos leis em nossa democracia. Mas essa questão deve ser abordada. Eu não pretendo punir as crianças pelas ações de seus pais”, ressaltou.

Scott enfatizou que se opõe à opinião de Trump em acabar com o programa, mas também se opõe à imigração ilegal e tudo o mais que é ilegal no país. “Devemos garantir nossas fronteiras e o governo federal é irresponsável ao não fazê-lo. Cada ponto da política de imigração torna-se muito mais simples uma vez que asseguramos nossas fronteiras e acabamos com a imigração ilegal. Não devemos também permitir que as chamadas cidades-santuário desafiem as leis da nossa nação e devemos vigiar vigorosamente todos os imigrantes suspeitos. Não fazer isso é irresponsabilidade”, destacou.

Com informações da CNN.