Trump exige apoio do Congresso para construção do muro em troca do DACA

Por Gazeta News

[caption id="attachment_142395" align="alignleft" width="355"] Trump quer apoio do Congresso para construção do muro. Foto: Reuters.[/caption]

A Casa Branca entregou ao Congresso uma lista de exigências para retomar o DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals) - programa que protege filhos de imigrantes que entraram nos Estados Unidos quando crianças pela fronteira-, em troca de apoio para a construção do muro ao longo de toda a fronteira com o México.

O documento entregue no final da tarde do último domingo, 8, pretende guiar a reforma na imigração e pede, para além do financiamento do muro com o México, mais 10 mil agentes para o departamento de Imigração.

A lista de exigências inclui ainda mais 370 juízes e 300 procuradores, a proibição de os imigrantes trazerem os seus familiares para os EUA e a obrigação de as empresas recorrerem aoprograma do governo norte-americano E-verifypara impedir a contratação de imigrantes sem documentos.

"Estas prioridades são essenciais para mitigar as consequências econômicas e legais de atribuir qualquer estatuto [legal] aos beneficiários do DACA", declarou Marc Short, diretor de assuntos legislativos da Casa Branca.

A lista de exigências de Trump foi imediatamente rejeitada pelos democratas no Congresso. “Dissemos ao Presidente que estávamos disponíveis para um compromisso com medidas razoáveis em relação à segurança nas fronteiras, mas esta lista vai para além do razoável”, disse o líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer, e a líder do Partido Democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, citados pelos jornais norte-americanos.

A condição imposta por Donald Trump promete recuperar o programa que protege de deportação cerca de 800 mil jovens imigrantes ilegais — os “dreamers”— e abre portas à sua legalização.

A construção de um muro na fronteira com o México é uma das bandeiras da campanha eleitoral de Trump, que procura agora financiamento do Congresso.

Com informações da Reuters.