Trump fala em crise humanitária em discurso na TV sobre muro com o México

Por Gazeta News

trump fala TV Foto REUTERS Carlos Barria
O presidente Donald Trump foi à televisão na noite de terça-feira, 8, para defender a construção do muro com o México e disse que há uma crise humanitária e de segurança na fronteira. Trump voltou a culpar os democratas pela paralisia orçamentária, mas não declarou emergência nacional, como alguns especulavam e que lhe permitiria usar verbas destinadas a obras militares para construir o muro e driblar o impasse com o Congresso. A iniciativa estaria sujeita a ser imediatamente impugnada na Justiça. "Meus compatriotas americanos, esta noite estou falando com vocês porque há uma crescente crise humanitária e de segurança em nossa fronteira sul", declarou em discurso solene, em horário nobre e em rede nacional de televisão. Trump apresentou números sobre a entrada ilegal de imigrantes e de entorpecentes. E novamente pediu os US$ 5,7 bilhões para levantar “uma barreira de aço, ao invés de cimento”. "Nossa fronteira sul é passagem para uma grande quantidade de drogas ilegais, incluindo metanfetamina, heroína, cocaína e fentanil. A cada semana, 300 dos nossos cidadãos morrem apenas pela heroína", destacou. Jogando para os democratas no Congresso, Trump também atacou a oposição: “quanto sangue americano terá que ser derramado até que o Congresso aprove?”. A violência foi um dos pontos fortes no discurso. "Uma em cada três mulheres é sexualmente atacada na perigosa caminhada pelo México. As mulheres e as crianças são, de longe, as maiores vítimas do nosso sistema fragmentado. Esta é a trágica realidade da imigração ilegal na nossa fronteira sul." O discurso de Trump é uma tentativa de convencer os americanos de que o muro na fronteira com o México, que custará mais de US$ 5 bilhões, é fundamental para a segurança do país. Por causa desse projeto, Trump trava uma queda de braço com o Congresso, que resultou na suspensão do financiamento de setores do governo. O presidente exige que os congressistas incluam a verba para o muro no orçamento do próximo ano e se recusa a assinar qualquer projeto sem essa cifra. Mas a maioria democrata da Câmara não concorda. A paralisação parcial da administração e o congelamento de salários já entrou no 19º dia e afeta 800 mil funcionários federais. Com informações da Reuters.