Trump fala em mudanças de regras sobre armas nos Estados Unidos

Por Gazeta News

Gun control Kevin Lamarque Reuters
[caption id="attachment_161435" align="alignleft" width="362"] Alunos protestam contra armas de fogo em frente a Casa Branca. Foto: ABC Politics.[/caption] Os protestos em todo os Estados Unidos, principalmente em frente à Casa Branca, pelo assassinato de 17 pessoas na escola de Parkland há uma semana, estão ecoando e forçando o governo do presidente Donald Trump a rever o controle de armas no país. Pressionado, Trump começa a falar em mudanças. Em evento em Washington, na terça-feira 20, o presidente voltou a afirmar que é preciso mais proteção para as crianças. Além disso, assinou um documento recomendando que o Departamento de Justiça proponha uma lei ao Congresso que proíba o uso dos chamadosbump stocks, dispositivos que permitem que fuzis semiautomáticos disparem rajadas contínuas e passem a funcionar como armas automáticas. Nesta quarta-feira, 22, Trump se reúne com professores e alunos na Casa Branca para discutir a segurança nas escolas. Pelo twitter, Trump disse que republicanos e democratas devem se concentrar no fortalecimento da verificação de antecedentes criminais. Essa é uma proposta antiga das entidades que lutam pelo controle de armas, até então criticada pela Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), que mantém poderosolobbyno Congresso, com doações de grandes valores em dinheiro para financiar campanhas eleitorais no país. Nos últimos cinco anos foram registrados cerca de 300 tiroteios dentro das escolas norte-americanas, segundo estatísticas oficiais. Pais, alunos e professores fazem marchas e protestos cobrando mudanças nas regras sobre a venda de armas em várias cidades do país. Nikolas Cruz, acusado do massacre na Stoneman Douglas High School em Parkland, sofria de depressão e teve diagnóstico de autismo e déficit de atenção, segundo o Florida Family Department. Mesmo com problemas de socialização e expulso da escola, Cruz conseguiu comprar uma arma. O jovem recebeu prescrição de remédios controlados e foi considerado uma pessoa vulnerável por médicos. Legisladores rejeitam votação em projeto de lei banindo rifles semi-automáticos A câmara estadual da Flórida rejeitou, no dia 20, votar em um projeto de lei banindo muitas armas semi-automáticas e magazines de alta capacidade enquanto dezenas de sobreviventes do massacre em Parkland viajavam em direção à capital do estado para protestar. Foram 36 votos a favor da votação da HB 219 e 71 contra. Porém, os legisladores da Flórida em Tallahassee disseram que considerariam aumentar o limite de idade de porte de armas para 21, o mesmo padrão para armas de mão e álcool. Ariana Ortega, aluna do Marjory Stoneman Douglas High School presente na sessão disse que a rejeição não a desencorajou e que estava pronta para confrontar os legisladores e marchar nesta quarta-feira, dia 21, pressionando por mudanças na legislação. Com informações da Reuters.