Trump não deve ir longe com ideia de candidatura, dizem especialistas

Por Gazeta Admininstrator

Mesmo com todo o alarde na mídia, especialistas dizem que os americanos não devem eleger seu primeiro presidente saído de um reality show. É verdade que os eleitores norte-americanos elevaram um astro de filmes B (Ronald Reagan) à Presidência da República e elegeram um ex-lutador profissional (Jessie Ventura) e um musculoso astro de filmes de ação (Arnold Schwarzenegger) para os governos de Minnesota e Califórnia, respectivamente. Mas o bombástico magnata do setor imobiliário e apresentador do reality show “Celebrity Apprentice” pode desfrutar de alguma popularidade inicial, mas quando a corrida presidencial engatar a sério, logo será despachado.

“Ele (Trump) assume aquela personalidade política de alguém que não se envergonha em se autopromover e que não fala com meias palavras”, disse Thomas Schwartz, professor de história na Universidade Vanderbilt, em Nashville. “Me pergunto realmente se Donald Trump está preparado para o tipo de escrutínio de seus assuntos pessoais e comerciais. Ou se estará apenas buscando publicidade para seu programa de TV. Ele preenche um vazio enquanto não surge um candidato republicano sério na disputa”, disse Schwartz.

Para Richard Wald, professor de mídia e sociedade na Universidade Columbia, Trump é uma aberração. “Este é um momento midiático. Existe pouquíssima probabilidade de Trump tornar-se presidente, porque ele não é uma pessoa séria”, disse Wald.

Apesar disso, pesquisas iniciais mostram que Trump está sendo beneficiado por suas reflexões altamente divulgadas sobre a campanha e sua investida na política conhecida como “birther” (“nascimentista”), a ideia já desmentida à qual alguns conservadores ainda se apegam de que o democrata Barack Obama teria nascido no Quênia, e não no Havaí, de modo que não poderia legalmente ocupar a presidência dos Estados Unidos.

Esse fato vem levando o establishment republicano a atacar o magnata, devido ao receio de que seu flerte com uma candidatura em 2012 possa prejudicar as chances do partido de montar um desafio sério a Obama na eleição. Karl Rove, arquiteto das duas vitórias eleitorais do republicano George W. Bush, descreveu Trump como “candidato de piada”, e o colunista George Will o chamou de “fanfarrão” que fala bobagens indiscriminadamente.

Uma pesquisa feita recentemente pela Public Policy Polling constatou que Trump lidera o campo republicano com 26% das preferências, seguido pelo ex-governador do Arkansas, Mike Huckabee, com 17%; o ex-governador do Massachusetts, Mitt Romney, com 15%; o ex-líder da Câmara dos Deputados, Newt Gingrich, com 11%; e a ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, com 8%.

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