Trump retira status de proteção de milhares de imigrantes da América Central

Por Gazeta News

tps-temporary-protected-status Courtesy of UNITE HERE Local 11
[caption id="attachment_156822" align="alignleft" width="373"] Imigrantes protestam contra o fim do Temporary Protected Status (TPS).}Foto: Unite Here Local 11.[/caption]

Nesta semana, o governo do presidente Donald Trump anunciou a adoção de novas medidas sobre a imigração nos Estados Unidos, dentre elas colocar fim ao status de “Temporary Protected Status" (TPS) e planeja acabar, até janeiro de 2019, com o benefício imigratório de milhares de cidadãos de países da América Central.

A medida afetará mais de cinco mil nicaraguenses, os quais terão 14 meses para deixar o país. Já para os 57 mil imigrantes de Honduras, o prazo será ainda menor. Cidadãos com status de residência terão apenas nove meses para sair dos EUA. Uma vez aplicada, a medida transformará a vida de milhares de imigrantes que vivem há décadas com permissão legal nos EUA, colocando-os como residentes ilegais ou deportados.

A administração republicana anunciou também que vai resolver sobre os 86 mil hondurenhos, que também têm residência temporária, em julho de 2018. As decisões tomadas pela Casa Branca vêm sendo agilizadas, em parte, pelo atentado em Nova York e outros ocorridos no país.

A nova medida começou a ser discutida na semana passada, quando o secretário de Estado Rex Tillerson enviou uma carta ao Departamento de Segurança Interna para autorizar a manobra, segundo o Washington Post. Os imigrantes do Haiti e de Honduras tinham sido incluídos na lista de beneficiários do programa de proteção após o furacão Mitch, que matou 10 mil pessoas em 1998.

O TPS é um programa de proteção que permite que pessoas de países atingidos por desastres ou em situações de risco morem e trabalhem nos EUA por tempo indefinido, até que seus Estados natais se recuperem. Ao todo, há 300 mil imigrantes de Honduras, Nicarágua, Haiti e El Salvador vivendo legalmente nos EUA há décadas graças ao TPS.