Trump volta a negar envolvimento em tentativa contra Maduro na Venezuela

Por Gazeta News

donald trump casa branca 8 de maio
O presidente Donald Trump voltou a dizer nesta sexta-feira, 8, que seu governo não participou da Operação Gedeón — incursão marítima desbaratada no último domingo, 3, e que tinha o objetivo de derrubar o presidente Nicolás Maduro. "A Venezuela é um assunto muito importante pra nós. As pessoas são tratadas muito mal, elas não têm água ou comida. (...) Mas se alguma vez tivéssemos que fazer alguma coisa na Venezuela, não faria isso em segredo. Eu não enviaria um pequeno grupo. Não, não, não. Seria um exército (...) e isso seria chamado de invasão", disse a repórteres da Fox News durante encontro com o presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, na Casa Branca.

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Na semana passada, dezenove pessoas foram presas pelas forças de segurança da Venezuela, duas delas ex-militares americanos. Trump disse que a ação "não foi um bom ataque" e que foi realizada por um "grupo de párias" que incluía venezuelanos e "pessoas de outros países". "Vi as fotos em uma praia. Obviamente, eles não foram liderados pelo general George Washington", disse Trump na terça-feira.  Silvercorp USA de Miami As autoridades na Venezuela identificaram os dois homens como Luke Denman e Airan Berry, ex-soldados das forças especiais dos EUA associados à empresa de segurança privada Silvercorp USA, sediada na Flórida. Os dois ex-soldados foram detidos na segunda-feira dezenas de quilômetros da primeira tentativa de desembarque na praia em uma vila de pescadores. As autoridades dizem que confiscaram equipamentos e detiveram dezenas de outros. O presidente venezuelano Nicolás Maduro apareceu na televisão estatal na segunda-feira alegando que Denman e Berry fizeram parte de uma operação para matá-lo, apoiada pela vizinha Colômbia e pelos EUA.

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Os dois ex-soldados afirmaram ter sido contratados por uma empresa de segurança privada de Miami, a Silvercorp USA, para treinar 50 venezuelanos na Colômbia para a operação. O dono da empresa, o militar aposentado Jordan Goudreau, forneceu os equipamentos para a empreitada, disseram. Na noite de quarta-feira, o político opositor venezuelano Juan José Rendón admitiu estar envolvido na Operação Gedeón e afirmou, em entrevista à rede de TV CNN, que o líder opositor Juan Guaidó estava ciente do plano preliminar, mas não deu sinal verde para sua execução. Rendón integra um Comitê Estratégico criado por Guaidó em agosto do ano passado. Os EUA estão entre os quase 60 países que apoiam Guaidó como líder legítimo da Venezuela, dizendo que Maduro se apega ao poder apesar de uma eleição fraudulenta em 2018 que proibiu a candidatura da oposição mais popular. Com informações da Associated Press.