Trump vs. Hillary: o que vem por aí?

Por Gazeta News

Em uma corrida eleitoral definida como bizarra por analistas políticos, parece estar definido: Donald Trump, um homem que nunca serviu para a posição por causa de seu temperamento, valores e preferências políticas, será o candidato do partido do republicano depois da desistência de Ted Cruz e John Kasich. Ele vai encarar a democrata Hillary Clinton, que com certeza é menos polêmica, porém envolta em escândalos que a qualquer momento podem explodir.

As pesquisas indicam que Hillary deve ganhar de Trump. Mas como isso é possível se ela mesma ainda não tirou seu principal opositor, Bernie Sanders, do caminho? Em uma vitória inesperada, ele levou a maioria dos votos nas primárias do estado de Indiana.

Embora seja praticamente impossível matematicamente para Sanders conseguir a nomeação, ele não desistiu da campanha.

Depois de meses de insultos a imigrantes, mulheres e seus adversários, agora vem a parte mais difícil de Trump. Tendo vencido as primárias de Indiana, tirando seus últimos dois rivais da corrida presidencial, agora para garantir oficialmente a nomeação do Partido Republicano, Donald Trump tem que começar a ser agradável com os republicanos, caso tenha alguma esperança de unir o partido contra Hillary Clinton. Depois de atuar como uma criança petulante ao longo dos últimos dez meses, ele agora tem que começar a agir de acordo com sua idade. Ele tem que agir como um “presidenciável”.

“Em algum momento”, disse Trump no mês passado, “eu vou ser tão ‘presidenciável’ que as pessoas ficarão entediadas”.

Esse momento começou na semana passada. Em um discurso no hotel Washington Mayflower, Trump tentou “esboçar” seus pontos de vista sobre a política externa, em uma tentativa sem precedentes de, ao invés de entreter, entediar seus ouvintes.

Pela segunda vez em sua campanha, Trump leu em voz alta a partir de um teleprompter. “Eu não sou um desses caras que usam o teleprompter”, disse Trump quatro dias antes de falar usando um teleprompter. Para Trump, teleprompters são como armas nucleares - a ser empregada como um último recurso.

Ele prometeu coerência na política externa, considerando que o presidente Obama foi “imprudente e sem rumo” e que o presidente Trump será “disciplinado, deliberado e consistente” - o oposto do que ele tem sido como um candidato presidencial ao longo dos últimos dez meses.

A América não consegue ser respeitada, Trump disse, mas nem ele. Como levar a sério um Trump que tem usado seu discurso para acusar mulheres de menstruar, entre dezenas de declarações como as que chamou mexicanos de estupradores?

Como disseram analistas políticos, o pior ainda está por vir na campanha pela Casa Branca.

Com informações do USA Today.