O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, se reuniram na última semana para discutir o apoio da área consular nas eleições e os projetos futuros para aumentar o número de brasileiros aptos a votar no exterior. Segundo dados de 2013 do ministério, a comunidade brasileira no exterior é de cerca de 2,8 milhões de pessoas.
O assessor Internacional do TSE, Tarcísio Costa, explicou que houve um esforço conjunto entre o Itamaraty e o TSE para estimular o voto, com campanhas nos consulados e nos canais de televisão comunitários. Segundo ele, nessas eleições, houve um aumento de 76 seções, em relação à eleição de 2010. No último pleito para presidente da República, cerca de 200 mil eleitores votaram no exterior. Neste ano, 354 mil brasileiros se cadastraram, número 76% maior.
Outro motivo apontado pelo assessor para o incremento de eleitores foi o aumento do número máximo de brasileiros no exterior aptos a votar em algumas seções, de 450 em 2010, para 650 este ano. A expectativa do TSE para 2018 é aumentar o teto de eleitores em mais locais de votação.
Segundo Costa, os ministros discutiram ainda a possibilidade da emissão do título ser efetivada no próprio consulado. Hoje, o processo de registro para votar no exterior é de cerca de oito meses. A ideia é diminuir esse tempo para duas semanas e que o sistema esteja funcionando para o cadastramento das próximas eleições presidenciais.
O tema da cooperação internacional também foi debatido entres os ministros. Segundo o assessor do TSE, a Justiça Eleitoral brasileira e o sistema eletrônico de votação atrai a curiosidade de vários países, que enviam seus representantes para conhecer o processo das eleições do país. Costa disse, que no último ano, o Brasil recebeu cerca de 20 missões de diversos países. Desde que o país adotou totalmente a urna eletrônica, em 2000, foram mais de 100 missões estrangeiras, que precisam também tramitar pelo Itamaraty.