Turista americano é preso e vai responder por racismo no Rio

[caption id="attachment_173241" align="alignleft" width="370"] Turista americano preso por racismo no Rio. Foto: Domingos Peixoto / O Globo.[/caption] O turista americano Antony Barrow foi detido na quarta-feira, 26, e vai responder por acusações de racismo contra dois funcionários do Museu de Arte do Rio (MAR). Segundo o museu, o americano teria chegado ao MAR por volta das 10h e solicitou atendimento em inglês. A funcionária Sanny Gomes tentou ajudar, mas Antony informou que não falaria com negros e, segundo ela, a insultou. Em seguida, repetiu a mesma situação com Elian Almeida, estudante de Artes Visuais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) que integra a equipe do museu. “Eu o abordei, e ele disse 'not black' ['preto, não', na tradução] e se afastou. Aí, o Elian veio e ele disse 'not black' novamente. Aí, o Elian disse que ia chamar a polícia e foi atrás do Centro presente. O americano saiu pelo canto do muro, e os agentes o pegaram”, disse Sanny. Outros dois funcionários testemunharam o episódio. Uma equipe de policiais do Centro Presente foi chamada e Antony Barrow foi preso em flagrante e levado para a delegacia para registrar o caso. [caption id="attachment_173242" align="alignright" width="328"] Elian Almeida e Sanny Gomes-Museu-de-Arte-do-Rio. Foto:Cristina Boeckel.[/caption] Na delegacia, o norte-americano teria se negado a se identificar. Os policiais obtiveram então a documentação dele no hotel onde estava hospedado. Elian diz que ainda aguarda uma manifestação do Consulado dos Estados Unidos no Rio, que ainda não se pronunciou sobre o caso. Os dois funcionários passaram quase quatro horas na delegacia para fazer o registro da ocorrência. Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 5ª DP (Centro) e está sob segredo de Justiça. Antony passará por uma audiência de custódia que deve definir os próximos passos do processo ainda nessa quinta-feira. A administração do MAR informou que a advogada da instituição está acompanhando o caso e que “outras medidas legais estão sendo estudadas pelo departamento jurídico do instituto”. Com informações do G1.