Turistas: sol, praia, caipirinha e terror fazem crítica ao Brasil

Por Gazeta Admininstrator

Filme de terror ambientado no Brasil, que chegou aos cinemas americanos na sexta-feira(1), tem estréia no Brasil prevista para fevereiro.

O filme Turistas, do diretor John Stockwell (“Mergulho Radical”), seria um thriller de terror bastante comum se não trouxesse em seu conteúdo um determinado fato: mostra o Brasil como uma terra pouco civilizada e cheia de truques nada agradáveis contra seus visitantes estrangeiros.

“Num país onde vale tudo, qualquer coisa pode acontecer”: é com esse slogan que o longa de terror “Turistas”, que chega aos cinemas americanos nesta sexta, vai vender o seu peixe. Nele, um grupo de mochileiros vêm passar férias no Brasil e acaba assaltado e seqüestrado por uma quadrilha de tráfico de órgãos.

Mas Hollywood foi ainda mais longe: o roteirista do filme, Michael Ross, declarou em reportagem do Los Angeles Times, que “Turistas” é baseado na realidade e em fatos que “poderiam ter acontecido”.

Pegando carona na polêmica, o diretor-geral da Paris Filmes, Sandi Adamiu, anunciou que o longa terá um grande lançamento no Brasil em fevereiro. A Embratur vai monitorar a estréia do filme no Brasil.
Uma das passagens do filme mostra mulheres andando de seios à mostra e, estranhamente, ao lado de vários macacos nas praias. Ao ser entrevistado, o roteirista Michael Ross (“Ainda Bem Que Ele Conheceu Lizzie”), reagiu com ironia: “E não tem macacos?”.

Para escrever o roteiro, Ross e o diretor John Stockwell viajaram de ônibus pelo litoral da Bahia durante três meses e meio e coletaram informações sobre as paisagens e a população local para adicionar realismo às cenas. Descobriram praias, montanhas, cachoeiras e cavernas de tirar o fôlego, e provaram da nossa caipirinha. Também descobriram uma forma de dizer que o roteiro é baseado na realidade.
Ross conta que a idéia de “Turistas” nasceu de uma história real que ele ouviu no rádio sobre um boato que corria na América Latina de que americanos e europeus seqüestravam crianças locais para retirar seus órgãos e vendê-los no mercado negro.

Segundo o roteirista, esse boato teria motivado diversos ataques a turistas nessa região, em que os visitantes teriam sido espancados, esfaqueados e queimados pela raivosa população local. No filme, os mochileiros são atacados depois que um deles inocentemente tira uma foto de uma criança local.

Com orçamento de cerca de 10 milhões de dólares, a produção lança nos EUA a Fox Atomic, divisão jovem da distribuidora.