Turquia começa a abrir mercado para empresas brasileiras.

Um dos principais parceiros do Brasil na operação montada para resgatar cidadãos no Líbano, a Turquia vem abrindo espaço no mercado interno para as empresas brasileiras, especialmente nas áreas de energia e aviação. O país de maioria mulçumana tinha, até pouco tempo, as principais atividades econômicas concentradas em empresas estatais, com restrições a capitais estrangeiros.

Em uma demonstração de abertura, o governo turco licitou áreas para exploração energética no Mar Negro. A Petrobras participou da licitação e conquistou o direito de explorar, juntamente com a estatal turca, dois blocos de petróleo e gás. “Nos próximos dias, começa a funcionar em Ancara, segunda maior cidade da Turquia, o primeiro escritório da Petrobras no país”, comemora o embaixador do Brasil na Turquia, Cesario Melantonio.

Segundo ele, ainda este ano, existe a possibilidade da Embraer conquistar espaço no mercado turco. A empresa brasileira está qualificada na fase final de um processo de licitação para fornecimento de aviões militares. A balança comercial entre Brasil e Turquia chega a R$ 900 milhões, com ampla vantagem para as exportações brasileiras (R$ 800 milhões). O intercâmbio inclui áreas como autopeças, siderurgia, agricultura, pecuária, biotecnologia e indústria farmacêutica.

Para acompanhar essa movimentação, a Turkish Air Lines promete para os próximos meses uma linha aérea regular entre Istambul e São Paulo, com dois vôos por semana.

“Queremos aproveitar esses vôos para promover também intercâmbio na área cultural e esportiva, com a realização de jogos entre equipes de futebol turcas e brasileiras, aproveitando essa paixão comum aos dois países”, afirma o embaixador Cesario Melantonio.

Atualmente, cerca de 20 jogadores brasileiros atuam na primeira e segunda divisão do futebol turco. Um dos principais times do país, Fenerbahçe, tem como técnico o ex-jogador do Flamengo Zico.

Agência Brasil