UE aumenta esforços de regaste após tragédia com 900 imigrantes em alto-mar

Por Gazeta News

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A União Europeia propôs duplicar suas operações de busca e resgate no mar Mediterrâneo no dia 20, quando começaram a ser recuperados alguns dos corpos das cerca de 900 pessoas que tentavam chegar à Europa e que podem ter morrido no naufrágio mais fatal já registrado. Apenas 28 sobreviveram.

A embarcação virou e afundou na costa líbia no dia 19, quando passageiros correram para um lado do barco para chamar a atenção de um navio mercante que passava. Segundo relatos de um sobrevivente de Bangladesh, havia 950 passageiros a bordo, mas autoridades alertaram se tratar de uma estimativa informal. Se os números forem confirmados, até 1.800 imigrantes teriam morrido até agora neste ano tentando atravessar o Mediterrâneo. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) estima que em torno de 21 mil pessoas conseguiram fazer a viagem com sucesso.

As mortes chocaram a Europa, onde uma decisão de reduzir as operações navais no ano passado parece ter aumentado os riscos para os imigrantes sem diminuir o número de pessoas que se arriscam a atravessar o mar. “A situação no Mediterrâneo é dramática. Não pode continuar assim”, disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Mais 638 imigrantes foram resgatados no dia 20, em alto-mar, após seis operações de socorro diferentes, segundo comunicado da guarda-costeira italiana.  Os imigrantes viajavam a bordo de seis barcos em águas da costa da Líbia e receberam assistência do navio “Fiorillo” da guarda-costeira, de uma embarcação mercante e da Marinha italiana. As informações são da “Reuters” e “Época”.