Um ano após o tsunami, sistema de alerta é testado

Por Gazeta Admininstrator

Em Estocolmo, velas foram acesas para homenagear os mortos
Cerimônias em diversos países marcaram nesta segunda-feira o aniversário de um ano do tsunami que matou mais de 200 mil pessoas na região do Oceano Índico.

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Como parte das cerimônias na Indonésia, o governo do país testou um sistema de sirenes de alerta em uma praia na cidade de Padang.

As autoridades pediram aos residentes que corressem seguindo rotas definidas de evacuação de emergência.

Especialistas dizem que milhares de vidas poderiam ter sido salvas se houvesse na região sistemas de alerta semelhantes aos existentes em países banhados pelo Oceano Pacífico.

Desde o desastre, os países da região do Oceano Índico vêm cooperando com a Comissão Oceânica Intergovernamental da ONU para instalar sistemas de alerta nacionais e regionais.

Acordo de paz

O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, fez um tributo aos que vêm tentando reconstruir suas vidas após a tragédia.

Fazendo referência ao recente acordo de paz entre o governo indonésio e os rebeldes do Movimento Aceh Livre, Yudhoyono disse que Aceh é um exemplo de como a esperança pode nascer da destruição.

Em outros países afetados, sobreviventes do tsunami, familiares e amigos de vítimas participaram de cerimônias junto a líderes da região e convidados estrangeiros.

Em uma praia no sul da Tailândia, o primeiro-ministro do país, Thaksin Shinawatra, prestigiou um evento no balneário de Khao Lak.

Grande parte dos mortos na região eram estrangeiros.

Australianos em cerimônia na praia de Patong, em Phuket, Tailândia

No Sri Lanka, o presidente Mahinda Rajapkse, liderou uma cerimônia no vilarejo de Peraliya, ao sul do país, onde um trem foi atirado para fora da ferrovia pelas ondas do tsunami, matando pelo menos mil pessoas.

Depois de dois minutos de silêncio às 9h (1h30, horário de Brasília), a hora em que as ondas do tsunami chegaram, o presidente inaugurou um monumento aos 31 mil mortos no país.

Segundo correspondentes da agência de notícias Associated Press, monges budistas do local prepararam um dia de cânticos, e os açougueiros penduraram suas facas como sinal de respeito por todas as formas de vida.

Suecos

Na Suécia, de onde era o maior número de vítimas do tsunami de fora da Ásia, foram feitas cerimônias em homenagem aos mortos.

Dos 2,4 mil estrangeiros que morreram no desastre do dia 26 de dezembro de 2004, 543 eram suecos.

Cerca de 20 mil suecos estavam em férias na região quando ocorreu o tsunami.

Entre as cerimônias, foi feito um minuto de silêncio e 543 velas foram acesas em Estocolmo.

A família real sueca participaria da cerimônia em Skansen. Já a ministra das Relações Exteriores, Laila Freivalds, anunciou que não participaria das cerimônias depois de ter atraído críticas por sua reação à crise.

O governo foi condenado por sua resposta lenta para ajudar sobreviventes e familiares de vítimas.

Também houve cerimônias na Alemanha, na Finlândia e na Noruega em homenagem às vítimas do tsunami.