Um projeto para o Brasil

Por Gazeta News

Bandeira-do-Brasil

Por Henrique Matthiesen*

A polarização política que pautou o Brasil nas últimas décadas entre PT e PSDB chega ao seu esgotamento findo, onde a identidade partidária demonstra que embora tenham visões diferentes, em alguns aspectos, são frutos de uma mesma raiz.

Sociais Democratas em seu cerne, ambos cometeram as mesmas práticas antirrepublicanas no exercício do poder, além de empobrecer e despolitizar o próprio debate político, e desesperançar toda uma geração que ambicionou e acreditou numa política digna.

Entretanto, é plausível identificarmos avanços sociais nos últimos anos, pois parcelas historicamente marginalizadas e excluídas tiveram acesso aos bens de consumo inimagináveis com políticas afirmativas e de distribuição de renda.

A fraticida e irresponsável disputa entre essas forças tem levado o Brasil a uma crise profunda, onde nos remete às reflexões sobre nosso presente e nosso futuro. O golpismo pregado pela oposição demostra um intenso desejo de retrocesso institucional que as forças conservadoras despossuídas de voto almejam. É inegociável a defesa do Estado

Democrático de Direito, assim como o respeito irrestrito às regras do jogo.

Contudo, o Brasil não pode mais ser pensado na pequenez e na mesquinharia e da falta de planejamento que é conduzido hoje, tanto pelo PT quanto pelo PSDB.

A política do mais do mesmo nos levou a ruína dos partidos políticos, na descrença no futuro e no empobrecimento do debate pátrio, uma vez que essas forças não corresponderam à altura suas funções históricas.

Hoje, é urgente a edificação de um projeto de nação, onde valores abdicados por décadas são tão essenciais para o povo brasileiro; esse projeto tem que ter como norte incondicional a defesa da Soberania Nacional e a emancipação de nosso povo.

Precisamos nos libertar definitivamente do complexo de vira-latas, conciso e irremediável na construção de uma pátria, com uma mentalidade altiva, sem a subserviência e submissão da elite empresarial atual.

Inadiável é imperativa a educação ser instrumento libertário e emancipador de nossa gente, numa educação honesta, voltada aos valores da solidariedade, do humanismo, e da tecnologia. Não mais podemos aceitar uma educação que não seja uma política de Estado edificador de Nação, libertador de seu povo.

Inegociável também deve ser o resgate da decência, da probidade, da prática dignificante do exercício político.

Precisamos recuperar a grande política, o debate edificador, as grandes causas que envolvem a sociedade Brasileira na construção conjunta de nosso presente e de nosso futuro.

Recuperarmos os sonhos de um Brasil para os brasileiros, de um país desenvolvido, de igualdade, que deve ser, a partir de hoje, prioridade irrefutável.

Muitos já sonharam e ousaram edificar um país socialmente justo, uma pátria irmanada com seu povo. O resgate de figuras como Getúlio Vargas, João Goulart, Darcy Ribeiro e Leonel Brizola são essenciais para pavimentarmos um projeto para o Brasil.

Não temos a capacidade de ressuscitar nossos líderes, mas temos a obrigação de continuarmos suas lutas, afinal, não é porque perdemos os mensageiros que renunciaremos a mensagem. Um Brasil soberano, libertário e edificador.


Henrique Matthiesen, bacharel em Direito