Em New York, os maiores consumidores de peixe são os extratcos com rendimento mais elevado e a população de origem asiática, apresentando níveis de mercúrio mais elevados tanto em relação ao resto da população da cidade como em relação a todo o país.
O estudo acrescenta que os níveis elevados de mercúrio não representam risco para a população adulta mas que podem, nas mulheres grávidas, ter repercussões nos fetos, como, por exemplo, atrasos cognitivos.
O estudo, intitulado Exame de Saúde e Nutrição, é o primeiro feito por uma cidade norte-americana.
As nova-iorquinas com idades compreendidas entre os 20 e os 49 anos apresentam níveis médios de 2,64 microgramas de mercúrio por litro de sangue, três vezes a taxa nacional para essa faixa etária, que é de 0,83 microgramas por litro. Um quarto das mulheres da mesma faixa etária apresentava níveis de cinco microgramas por litro ou mais.
Segundo o estudo, as pessoas que comem peixe três ou menos vezes por semana apresentaram níveis de mercúrio inferiores à média.
As nova-iorquinas de origem asiática têm em média 4,1 microgramas de mercúrio por litro de sangue, com 45 por cento delas a apresentarem níveis que exigem observação clínica. Entre as mulheres de origem asiática, as de ascendência chinesa têm os maiores níveis de mercúrio, com 66 por cento a exigirem cuidados clínicos.
Daniel Kass, assistente do comissário de saúde de New Iorque, afirma contudo que "para a maioria das pessoas, o consumo frequente de peixe não deve ser motivo de preocupação. O peixe é uma boa fonte de proteínas e gorduras saudáveis, e tem baixas calorias".
Para educar os nova-iorquinos sobre o consumo de peixe, o Departamento de Saúde publicou um folheto em inglês, espanhol e chinês, no qual mostra quais os peixes com menores quantidades de mercúrio e criou uma linha telefônica especial para aconselhamento.

