Um único brasileiro trabalhando no SWAT Team
Natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, Braga veio para os EUA, aos 10 anos, com sua mãe e os três irmãos.
Ele cresceu em New Jersey, até que entrou no exército em 2001, mudando-se para o Texas. Braga foi para o Iraque no ano da invasão, em 2003, onde passou um ano na infantaria. Em 2004, quando foi aceito pelo BSO, se mudou para o sul da Flórida, onde tem dois filhos, de 9 e 15 anos e é casado há 10 anos. Hoje, ele é um Deputy Sheriff, trabalha em Pompano Beach e é parte do SWAT Team.
Enquanto falava com a redação do Gazeta por telefone, Braga precisou interromper a entrevista para participar de uma operação, acompanhando um K9 para a busca de um bandido que havia roubado uma bolsa.
No mesmo momento, o alerta do BSO chegou por e-mail à redação: “Policiais de Deerfield Beach, junto com K9 e a unidade de aviação, estão trabalhando em um roubo que acabou de acontecer na esquina da Hillsboro e a Federal Hwy. O suspeito roubou a bolsa da vítima. Por favor evite a área enquanto a cena está ativa”.
Meia hora depois, ele ligou novamente, dizendo que o dono de uma loja conhecia o ladrão, e a captura seria mais fácil.
Essa é a rotina de Braga, ou melhor, ‘não-rotina’, o que ele prefere. “Gosto do que faço, não gostaria de estar em um escritório o dia todo”, disse Braga. Veja sua história abaixo.
elite do Broward Sheriff’s Office, reconhecida como uma das mais rígidas do país. O Deputy Mike Brady, que é policial desde 93, deu uma explicação sobre o funcionamento dessa unidade especial. Geralmente, 30 candidatos começam o curso de treinamento com duração de três semanas, mas somente cerca de quatro conseguem terminar.
“Temos um treinamento para agir em segundos”, disse Braga. “Do momento em que estamos no carro, até todo o time estar nos cômodos de uma casa, demora de seis a dez segundos”.
Brady, ao lado do Deputy Ricardo Braga, fez uma demonstração das armas e todo o equipamento usado pelo SWAT. Alguns dos carros especiais blindados foram pagos pelo governo federal, Department of Homeland Security, dado o reconhecimento que o SWAT Team tem, até do governo federal.
Todos os integrantes tem que refazer o teste todos os anos e a exigência é que seja um policial há pelo menos dois anos.
O SWAT é chamado em situações de muito risco para um policial, como por exemplo, casos de criminosos que fogem armados, mandado de prisão depois de efetuada uma investigação, sequestro, e mesmo para a proteção de políticos e pessoas com altos cargos no governo, como o presidente da república.
