Uma homenagem à Bossa Nova e Tom Jobim

Por Gazeta News

Rose Max, Ramatis Moraes e os músicos de Miami se apresentam na Costa Rica, junto à Orquestra Sinfônica Nacional.

Um momento de ideia e inspiração em dezembro de 2012 já rende seus frutos em julho deste ano. A cantora Rose Max, o violonista Ramatis Moraes e o baterista costarriquense Carlomagno Araya tiveram a ideia de criar o projeto Bossa Nova Sinfónico, que rendeu duas apresentações na Costa Rica junto à Orquestra Sinfónica Nacional de Costa Rica, cujo CD será lançado oficialmente em julho. Depois disso, os planos são de mostrar esse projeto mundo afora, contando com a participação das orquestras locais.

O projeto, cuja concepção foi em Miami, cidade de residência dos músicos, é uma homenagem à bossa nova e ao músico e compositor brasileiro, conhecido e venerado no mundo todo,  Antônio Carlos Jobim. Após a escolha do repertório, o  maestro americano, também radicado em Miami, Jeremy Fox, foi convidado para integrar o projeto, escrever os arranjos e atuar como regente. Jeremy terminou o doutorado em música-composição-regência na Universidade de Miami (UM) em junho de 2013 e defendeu uma tese que tinha como tema central a música brasileira.

O projeto foi apresentado a Guillermo Madriz, diretor geral  do Centro Nacional de la Musica, um lindo, histórico e prestigiado teatro no centro da cidade de  San Jose, capital da Costa Rica.

“Guillermo ficou impressionado com a qualidade dos arranjos, com a beleza da bossa nova  e feliz pela oportunidade de proporcionar ao público de seu país um espetáculo deste teor”, relata Rose Max. Foi assim que o espetáculo recebeu total apoio e patrocínio do Centro Nacional de la Música e contou com a participação fundamental da Orquestra Sinfônica Nacional de Costa Rica, motivo pelo qual todo o encarte é escrito em espanhol. “Foi uma experiência ímpar na nossa vida”, completa a cantora.

Os concertos foram realizados nos dias 21 e 22 de março de 2013 e que resultaram no CD “Bossa Nossa Sinfónico - Recordando a Antonio Carlos Jobim”, totalmente gravado ao vivo.

“Este trabalho musical é dedicado à duradoura amizade entre dois povos irmãos: costarriquenses  e brasileiros”, disse Guillermo Madriz, diretor geral do Centro Nacional da Música. “É uma sincera homenagem a esse gigante chamado Antônio Carlos Jobim e à música do Brasil, feita pela Orquestra Sinfônica Nacional, por seus músicos, trabalhadores e diretores. E isto só foi possível graças à colaboração dos excelentes artistas internacionais convidados para o projeto”, diz Madriz. “Hoje, damos um passo firme e consciente mais além do mútuo reconhecimento das veias estéticas que se entrelaçam na imensa e diversa riqueza cultural, musical, artística de nosso plural e multiétnico continente. Muito obrigado, Jobim. Muito obrigado, povo brasileiro, por permitir-nos beber de suas fontes artísticas. Muito obrigado, povo costarriquense, por seu apoio e decisão de seguir investindo em cultura e no enriquecimento espiritual do homem novo, solidário e ético e por seguir reafirmando nossa aspiração de ser, a cada dia, um povo mais livre e  culto”.

Os concertos tiveram, além de Jeremy Fox (arranjos e regência), Rose Max (voz principal), Ramatis Moraes (violão e voz) e Carlomagno Araya (bateria), a participação, como solistas convidados, dos músicos norteamericanos residentes em Miami, Jamie Ousley (baixo acústico) e Michael Orta (piano). Também contou com  arranjos do brasileiro Rafael Piccolotto de Lima e dos arranjos de Claus Ogerman e Michael O. Hurwitz.

O CD

O CD Bossa Nossa Sinfónica, cuja estreia oficial será em julho, está sendo muito bem

recebido pela crítica e pelo público, segundo Rose Max, por sua qualidade musical e técnica, pela  beleza inigualável das composições do “Mestre Jobim” e pelo ineditismo de apresentar essas canções executadas por um quarteto de  base jazzística  (Ramatis - violão, Jamie Ousley - baixo acústico, Michael Orta - piano) e Carlomagno Araya - bateria), somados à voz da cantora Rose Max e ao virtuosismo e eficiência musical da Orquestra Sinfônica Nacional da Costa Rica.

Uma das músicas, “Passarim”, conta com a participação inédita de Ramatis cantando com um timbre muito parecido com o de Jobim. A ideia de sua estreia como cantor aconteceu porque o arranjo da canção, feita por Rafael Piccolotto Lima, ficou em um tom muito grave para que Rose Max cantasse. “Se eu cantasse numa oitava acima, ficaria muito longe da minha região vocal de brilho, soaria feio. Então experimentamos o Ramatis cantando essas partes, já que se prestava mais para voz masculina. Ele experimentou, todos nós gostamos muito e o ‘obrigamos’ a cantar no show”, brinca Rose. Os planos de Carlomagno, Ramatis, Rose e Jeremy, agora, são de levar esse  projeto para várias partes do mundo, com execução das orquestras locais.

No final do mês de julho, o CD será oficialmente lançado na Costa Rica e nos EUA. Por enquanto, as canções podem ser ouvidas e compradas individualmente no iTunes e no CDBaby.com.

E para o público do sul da Flórida serão realizados dois  shows de lançamento do CD com o quinteto formado por Rose Max, Ramatis Moraes, Carlomagno Araya, Jamie Ousley e Michael Orta, no final de julho, no Van Dyke Cafe (Miami Beach) e no Jazziz Nightlife (Boca Raton). As datas serão confirmadas e repassadas em breve para a imprensa.

A produção musical foi feita por Carlomagno Araya e a produção executiva coube ao Centro Nacional da Música de Costa Rica.