Uma nova onda na segurança eletrônica

Por Igor Pipolo

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O setor de segurança eletrônica no Brasil vai viver uma nova onda - a democratização da segurança.

Estive na ISC West em Las Vegas no início de abril e pude comprovar o esforço das empresas (fabricantes, integradores e revendedores) em fazer chegar ao maior número de pessoas os benefícios dos sistemas eletrônicos de segurança, seja eles quais forem: alarmes, câmeras, controles de acesso, rastreamento, video porteiro, entre outros.

Os preços ficam cada vez mais acessíveis, a qualidade aumenta progressivamente, o design dos equipamentos tem evoluído bastante e a maior atenção fica por conta das modernas interfaces, mais amigáveis e simples de operar. Tudo pode ser controlado a partir de um smartphone, unindo a segurança e automação num só pacote de serviços.

As novidades também estão na forte tendência de equipamentos sem fio e sistemas funcionando completamente na nuvem (Cloud), permitindo uma comunicação muito mais rápida e segura. Os aplicativos são completamente configuráveis para as mais variadas aplicações (residencial ou comercial) e flexíveis ao ponto de customizar rotinas para cada um dos usuários, com inúmeras funcionalidades, tudo no telefone.

Interagir com seu visitante na porta de casa ou escritório enquanto você está num outro local, abrir portas remotamente com um simples toque na tela do celular, acender/apagar luzes ou controlar a temperatura do ar condicionado é o básico que os sistemas oferecem, chegando ao ponto de ativar automaticamente o alarme ao sair de casa ou desarmá-lo quando está chegando.

O preço do serviço foi o que mais me chamou atenção. Há empresas sugerindo o pacote de monitoramento mensal e todas essas funcionalidades pelo equivalente a R$ 120 mensais, muito abaixo dos valores praticados no mercado e com a possibilidade de acessar a sua casa ou escritório com a ponta dos dedos, num segundo.

No Brasil, existem mais de 12 mil empresas atuando no segmento de sistemas eletrônicos de segurança (sistemas de alarmes, circuitos fechados de TV, controle de acesso, portas e portões automáticos, proteção perimetral, equipamentos de detecção e combate a incêndio, detecção de metais e explosivos, portas giratórias e eclusas, dispositivos de identificação por biometria, rastreamento de veículos e outros). Destas, 49% são empresas de revendedores e instaladores, 30% empresas de monitoramento e integradores, 12% distribuidores e apenas 9% são fabricantes.

Simplificar a vida é a palavra de ordem para o momento que vivemos e, seguindo este anseio, soluções desta natureza vêm de encontro aos desejos do consumidor atual. Além disso, cada vez mais o mercado se volta para o lançamento de dispositivos que permitam o controle das funções da casa e automação à distância, aliadas ao conceito do “faça você mesmo”. Nesse novo cenário que se revela, as empresas de monitoramento terão que se reinventar rápido. O consumidor está conectado e pronto para soluções desta natureza, alinhadas as recentes macro tendências de comportamento de consumo.