USPS suspende mudanças operacionais até depois das eleições

Por Arlaine Castro

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[caption id="attachment_203869" align="alignleft" width="293"] Imagem: USPS facebook.[/caption] O USPS, serviço postal dos Estados Unidos, vai adiar para depois da eleição presidencial de novembro uma série de reformas acusadas de desacelerar a correspondência e de colocar em risco o voto por correio, disse o diretor-geral da US Postal Service, Louis DeJoy, nesta terça-feira, 18. "Existem algumas iniciativas operacionais de longa data, esforços anteriores à minha chegada ao Serviço Postal, que foram vistas como questões de preocupação em um momento em que a nação se prepara para ter uma eleição em meio a uma pandemia devastadora", disse DeJoy em um comunicado. "Para evitar até mesmo a aparência de qualquer impacto no correio eleitoral, estou suspendendo essas iniciativas até o fim da eleição", declarou. O serviço postal está no centro de uma tempestade política recente, depois que o presidente Donald Trump disse se opor a mais financiamento para a agência, que deve lidar com um grande número de cédulas na eleição de novembro. Aliado do presidente, DeJoy assumiu como diretor-geral em junho e liderou a remoção das caixas de coleta e equipamentos de processamento, além de cortar horas extras o que, segundo um líder sindical disse à AFP, desacelerou os prazos de entrega em todo o país. As mudanças e as declarações do presidente levaram a reclamações da oposição democrata de que a Casa Branca está tentando minar a eleição, na qual Trump concorre a um segundo mandato. Em sua declaração, DeJoy afirmou que vai manter os horarios nos correios, interromperá a remoção das caixas de coleta e máquinas de triagem e as horas extras "continuarão sendo aprovadas conforme necessário." Os democratas, maioria na Câmara dos Representantes, convocaram a instituição de volta à sessão para tratar das questões no serviço postal. DeJoy deve depor perante os comitês da Câmara e do Senado nesta semana e na próxima. Com informações da AFP.