Varig pede ajuda de US$ 200 milhões

Por Gazeta Admininstrator

Marcelo Bottini, presidente, da companhia aérea Varig, solicitou nesse final de semana, junto a seus fornecedores públicos e privados uma "linha de crédito" no valor de US$ 200 milhões. Essa quantia serviria para a empresa operar durante a baixa estação, meses onde se registra baixos índices de turismo. Marcelo também direcionou seu pedido de recursos para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Desse montante, aproximadamente, US$ 70 milhões caberiam aos credores estatais: BR Distribuidora e a Infraero. Esse valor seria efetivado com a suspensão do pagamento de três meses das taxas aeroportuárias e de dois meses referente ao abastecimento de combustível.

"Teríamos uma suspensão dessas taxas no momento, e pagaríamos mais à frente, tudo isso dentro de uma linha de crédito", explicou o presidente da Varig.

Nessa nova proposta também estaria previsto o não pagamento do arrendamento das aeronaves pelo período de três meses, explicou Bottini, após reunião por cerca duas horas com Waldir Pires, novo ministro da Defesa.

Para o presidente da Varig, esse plano de crédito faz parte das negociações para que a empresa continue operando no mercado enquanto busca novos investidores.

"Se as negociações se fecham amanhã, essa é a ponte necessária que nós precisamos para alcançar o que nós chamamos 'a hora dos investidores’", confirma Bottini.

Uma outra parte das negociações será feita com o BNDES. A empresa quer negociar com o banco estatal ainda nessa semana. Porém, o BNDES não está incluso nesse plano de crédito de US$ 200 milhões, negociado com os atuais fornecedores.

Continua operando
Embora o acordo com os credores ainda não ter saído do papel, o presidente da Varig diz que não existe a possibilidade da empresa parar de operar de imediato.

Aproveitando a presença da mídia, ao sair do Ministério da Defesa criticou as matérias publicadas nos últimos dias sobre o agravamento da crise. 'Não tenho a menor dúvida de que a Varig não vai parar', disse Bottini