Viagem ao fundo do mar

Por Gazeta Admininstrator

Uma nova ferramenta do Google Earth permite que internautas embarquem em viagens tridimensionais pelos oceanos. Para gerar as imagens, especialistas analisam as fotos e dão suas opiniões – disponibilizando conteúdo para os usuários. Agora é possível nadar perto de vulcões submarinos, assistir vídeos sobre as exóticas formas de vida subaquáticas e, até mesmo, contribuir para gerar mais conteúdo, enviando fotos e vídeos de seus lugares de mergulho preferidos.

Além do relevo subaquático, o Google Ocean consiste ainda em uma verdadeira enciclopédia sobre os oceanos. Há 21 novas camadas de conteúdo relacionado a essas áreas, fornecido por entidades de renome como National Geographic Society, Cousteau Ocean World e BBC Earth. É possível ver desde informações sobre espécies ameaçadas, naufrágios, pontos de mergulho e de surfe até dados diários sobre a temperatura das águas no globo ou a rota percorrida por espécies monitoradas por cientistas.

Outra novidade do programa são as imagens históricas. Dá para ver fotos de satélite de uma mesma região ao longo de vários anos. O recurso permite conferir, por exemplo, como era New Orleans antes do furacão Katrina e como a cidade ficou depois do desastre. Também é possível ver a Amazônia em 1975 e observar a área da Ponte Estaiada, em São Paulo, antes e depois da sua construção.

Marte
Quem estiver cansado de explorar a Terra pode acessar Marte em 3D, com camadas relacionadas recheadas de informações de sondas que estiveram por lá. Dados da Nasa explicam cada cratera do Planeta Vermelho. Pode-se também ver o local de pouso dos equipamentos enviados por missões americanas e russas.

A ferramenta permite que os usuários voem virtualmente por enormes cânions e escalem montanhas de Marte que são muito maiores que todas as conhecidas na Terra. Usuários também poderão explorar o Planeta Vermelho através dos olhos das sondas de Marte e de outras missões que já foram ao planeta, dando uma perspectiva única do planeta inteiro.

Internautas poderão ver as últimas imagens do satélite Mars Reconnaissance Orbiter da Nasa e de outros que orbitam o planeta. Eles poderão aprender mais sobre novas descobertas e explorar índices disponíveis de imagens de Marte. A ferramenta também permite que os internautas adicionem seu próprio conteúdo 3D ao mapa de Marte para dividi-lo com o mundo.

GPS
A nova versão do programa também passou a suportar exportação de dados de GPS, que antes só era possível por meio das versões pagas (Plus, que foi descontinuada, e Pro) ou de aplicativos externos. Foi incluída também uma ferramenta que permite a gravação de áudio associada a pontos de interesse, para facilitar a criação de tour guiados.

De acordo com o Google, apenas 5% dos oceanos já foram explorados, e eles cobrem mais de 70% da superfície da Terra. Para o diretor executivo do Google, Eric Schmidt, o lançamento de “Ocean” no Google Earth, pode impulsionar as pessoas a se preocuparem mais com o ecossistema dos oceanos e com a ecologia, em geral.

“Em discussões sobre o aquecimento global, os oceanos geralmente são esquecidos, apesar de serem uma parte importante do assunto” declara Schmidt. “A perda da biodiversidade nos oceanos, nos próximos vinte ou trinta anos, pode ser equivalente à perda de uma floresta amazônica inteira. Mas isso não é notado porque os oceanos são mais ‘difíceis de ver’” conclui o diretor executivo.

A ferramenta “Ocean” está inclusa nas versões mais novas do Google Earth. Outra ferramenta disponível na última versão é a “Time Travel”, que permite ao usuário ver como certo ponto do planeta era “antes”, ou seja, assistir os estádios das últimas olimpíadas serem construídos, ver o derretimento da neve em topos de montanhas e, até mesmo, a desertificação do lago Chad, na África.