Vigília marca um mês da morte de Roger Trindade em Winter Park

Por Gazeta News

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Nesta terça, dia 15 de novembro, a morte do adolescente brasileiro Roger Trindade completa um mês.

Roger foi brutalmente assassinado por outros jovens no dia 15 de outubro, na área do Central Park, na cidade de Winter Park, próxima a Orlando.

Em memória ao adolescente e marcando um mês do crime que chocou toda a comunidade, será realizada uma vigília, às 7pm, exatamente no local onde tudo aconteceu, no Park Avenue.

A mãe do adolescente, Adriana Thomé, que está no Brasil, informou ao Gazeta sobre o evento. “Será uma vigília em memória ao Roger. Quem quiser pode levar flores, balões, velas, o que quiser. Estou no Brasil, por isso não vou poder participar. Mas meus pensamentos estão todos lá”, escreveu.

O evento está sendo divulgado também pelo facebook, pela página “Justice for Roger” criada pelos amigos e que pede justiça ao caso.

“Prezados defensores da Justiça por Roger Trindade, por favor, juntem-se a nós para honrar a memória de Roger Trindade, tragicamente atacado no Central Park há um mês”, descreve o post.

Segundo informações do grupo, a vigília será à luz de velas, em frente a árvore do parque (já simbolizada com vários objetos e bilhetes como memorial improvisado ao jovem) como um sinal de apoio e justiça pela sua morte.

“Além disso, estaremos ajudando sua família e nossa comunidade a se curar deste evento chocante”, descreve o grupo. Serão fornecidos balões brancos aos participantes no final da vigília.

Até o momento, ninguém foi preso e a polícia não divulgou informações, aguardando o resultado da autópsia.

O crime

O gaúcho Roger Thomé Trindade foi agredido por um grupo de jovens no Park Avenue, em Winter Park, cidade localizada próximo a Orlando, por volta das 10pm do dia 15 de outubro. Um amigo da vítima contou a polícia que os dois e mais duas meninas, todos brasileiros, estavam sentados no chafariz da parte central do parque quando dois meninos se aproximaram e borrifaram um spray com cheiro de esgoto no rosto de Roger.

O brasileiro teria ido atrás do garotos, e o amigo o seguiu. Em uma parte escura do parque, teria surgido mais três meninos, que começaram a agredir os dois. Segundo a testemunha, eles não conheciam os garotos e não tinham ligação nenhuma com eles.

O chefe do Departamento de Polícia de Winter Park, Michael Deal, descartou “racismo ou crime de ódio” no episódio. Deal afirmou que os suspeitos foram identificados como sendo alunos da mesma escola onde estudava a vítima, a Winter Park High School.

A polícia aguarda os resultados de uma nova autópsia, já que uma primeira não apontou a causa da morte. Ninguém foi preso até o momento, o que tem revoltado moradores da Flórida, que acusam a polícia de estar acobertando o caso.