Vinhos, parte 3 - Champagne com Carmem

Por Carmem Gusmao

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[caption id="attachment_92377" align="alignleft" width="300"] Foto: Alexas_Fotos/Pixabay[/caption]

Para encerrar os texto sobre vinhos com chave de ouro, vou contar um pouquinho da história do mais refrescante e sofisticado, o néctar dos deuses, as bolinhas que te fazem ver estrelas: o champagne!

Sim, o certo é ‘o’ champagne, já que se trata de um vinho espumante e com duas fermentações. Foi descoberto por acaso na França, no final do século 17. Um monge chamado Dom Perignon, responsável pela produção de vinho da abadia, percebeu que alguns vinhos tinham uma segunda fermentação e estouravam as rolhas - aliás isso tinha a ver com o tipo de uvas usadas na confecção dos vinhos. Nesse caso, elas contêm mais açúcar. Então, ele amarrou as rolhas com fios de arame e quando provou aquele líquido cheio de bolinhas, disse: “Estou vendo estrelas!”.

Mas, havia um problema, o líquido delicioso tinha uma aparência escura e resíduos desagradáveis. E, assim, entra em cena a famosa viúva Clicquot, que, intrigada, descobre um processo de girar a garrafa e separar os resíduos. Assim, nasce o ouro líquido cheio de bolinhas sonhadoras!

Como o primeiro vinho espumante foi descoberto na região de Champagne, a 150 km de Paris, os franceses dessa região conseguiram patentear e só podem receber o nome de champagne os produzidos nesta região. O mesmo tipo produzido fora de Champagne é chamado de espumante, frisante, prosecco ou cava.

Apesar de ter sido descoberta no final do séc 17, o champagne ganhou popularidade durante o reinado de Luiz Xv, principalmente por ser o preferido de sua amante Madame Pompadou. Alguns historiadores contam que aquela taça baixa e aberta usada para beber champagne foi desenvolvida usando como modelo os seios perfeitos de Madame. Hoje em dia, muita gente prefere beber numa taça longa e fina, chamada flute, pois esse modelo protege e dá longa duração às bolinhas.

Durante a revolução francesa, virou uma bebida maldita por ser associada com a nobreza. Uma das marcas mais famosa e cara é a Crustal e surgiu graças à encomenda do czar Alexander II, que queria uma bebida maravilhosa engarrafadas em puro cristal, por isso esse nome.

Como falei anteriormente, o champagne é o único vinho que pode acompanhar uma refeição do princípio à sobremesa. Deve ser servido gelado e nunca coloque pedras de gelo, nunca, em nenhum tipo de vinho! Ultimamente, lançaram um champagne de verão no qual você pode colocar pedrinhas de gelo, mas eu, particularmente, prefiro a maneira tradicional! Aproveitem o Champagne com Carmem e tenham um espumante fim de semana! Beijos e much love!