Virando as costas aos oportunistas, tranqueiras e biscates

Por Gazeta Admininstrator

Um dos sinais de amadurecimento que vem sendo dado pela comunidade empresarial brasileira nos Estados Unidos é o tratamento dispensado à pequena, porém ruidosa, legião de “oportunistas”, “tranqueiras” e “biscates” que sempre infestaram a atmosfera dos brasileiros em todo o país.
Certamente que a existência de picaretas nunca foi privilégio nosso. Eles estão em todas as partes como “urubús carniceiros”que se alimentam de toda e qualquer situação em que alguém ou alguma empresa possa ser lesada.

Trabalhando com imprensa e eventos brasileiros há 16 anos nos Estados Unidos, ví dezenas de publicações, eventos, entidades e associações surgirem e desaparecerem, depois de coquetéis fantásticos, brochuras espetaculares, publicidade fantasiosa e muito, mas muito 171.
O tempo é senhor de tudo e do universo. E cuida de separar por si, o joio do trigo.

Hoje a comunidade brasileira está muito mais amadurecida e já são poucos os que compram cegamente, gato por lebre. São raros os que ainda navegam nos mares da ignorância e do desconhecimento de causa, apoiando causas fajutas, iniciativas mentirosas ou projetos escalafobéticos. Estes, continuam sendo lançados dia após dia, mas seu tempo de vida está cada vez mais curto.

E porque estou tocando nesse assunto específicamente? Porque dezembro é um mês crucial para todo o comércio, todos os businesses de um modo geral, e especialmente na nossa comunidade, um período em que os faturamentos são fundamentais para atravessar o quase sempre complicado mês de janeiro, mês de recesso tradicional.

Curiosamente, dezembro é o mês em que surgem as mais diferentes e ousadas “idéias” que desaguam no mercado empresarial da comunidade brasileira, em busca do valioso “patrocínio”.

Tenho muitos clientes que hoje são amigos pessoais. Empresários que usam (no bom sentido) até mesmo essa proximidade para se valer de nossa experiência no ramo e na comunidade, buscando meu ponto de vista sobre esse ou aquele investimento seja em publicidade, marketing ou ações promocionais.

Quando o conselho é frugal e sem maiores consequências, a amizade fala sempre mais alto e a “consultoria” sai de graça. Quando passa dos limites eu recomendo uma consultoria formal com a nossa empresa. Mas ninguém pense que estou aqui pra vendeu o peixe da minha empresa não, muito pelo contrário.

Estou aqui para defender o esforço, trabalho, seriedade e postura de quem vem trabalhando de forma séria, consistente e honesta dentro da comunidade brasileira. Veículos de comunicação, produtores de eventos e agências de publicidade e produção que tem eficiência comprovada, história (positiva) para contar e compromisso de verdade com a comunidade e não apenas com o faturamente imediato e inconseqüente.

Cada dólar investido, ou melhor “entregue de mão beijada”, a veículos, eventos ou agentes com idéias mirabolantes, deixa de ser investido nos segmentos sérios e profissionais de nossa atividade jornalística, publicitária e promocional.

Esse recado já é história do passado para a grande maioria dos empresários investidores que são hoje responsáveis por 70% de um “bolo” que supera anualmente os 5 milhões de dólares somente no Sul da Flórida. Mas para os 30% restantes, fatia importante desse mesmo “bolo”, o dinheiro gasto é o equivalente a jogar dólares suados na lata do lixo.

Pior é que, muitas vezes a raiva em reconhecer intimamente o desperdício de seu dinheiro, faz com que os investidores em “projetos e publicações 171” acabem culpando o mercado como um todo. Nada pode ser mais errado e inócuo.

Quem tem competência, já se estabeleceu. Quem está entrando agora e se qualifica como sério, é que tem que provar competência para se juntar a quem já tem seu espaço conquistado com sangue, suor e muita criatividade.

E quem está apenas tentando fazer de palhaços alguns empresários incautos ou também, eles esperando “levar vantagem” com preços mirabolantemente baixos e ofertas que “até Deus duvida”, melhor botar as barbas de molho.

O tempo dos “inocentes úteis”, se já não acabou de vez, está cada vez mais curto.