Vitor Belfort se prepara para revanche contra Dan Henderson

Por Simone Raguzo

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O brasileiro Vitor Belfort e o americano Dan Henderson se enfrentarão pela terceira vez em suas carreiras, no dia 7 de novembro. O confronto pelo UFC entre os pesos médios (até 84 kg) será no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Na primeira luta entre os dois, em outubro de 2006, pelo Pride em Las Vegas, Henderson levou a melhor, derrotando o brasileiro por decisão unânime. Sete anos depois, em novembro de 2013, em Goiânia, os dois se reencontraram no UFC, e Belfort, que vinha de duas vitórias seguidas, contra Michael Bisping e Luke Rockhold, ambas por nocaute, repetiu o feito sobre o americano, em apenas 1m17s de luta – primeiro nocaute sofrido por Henderson em sua carreira.

Entretanto, a última experiência do brasileiro não foi das melhores. Em maio deste ano, contra Chris Weideman, apesar de ter começado a luta bem e ter dado esperança ao fãs de que derrotaria o americano – que venceu Anderson Silva por duas vezes –, Belfort foi nocauteado ainda no primeiro round. Agora será a chance de se redimir.

Em toda a sua carreira, o carioca, que há quatro anos vive na Flórida, acumula 24 vitórias (17 nocautes, 3 finalizações, 4 decisões técnicas) e 11 derrotas.

Aos 38 anos, Belfort se mostra confiante para o próximo confronto, afirma que ainda não pensa em aposentadoria e recusa-se a falar das polêmicas envolvendo seu nome em testes antidoping positivos.

Confira a entrevista que ele concedeu ao Gazeta:

Gazeta - Como é a sua preparação nesses dias que antecedem a luta? Belfort – Há um maior cuidado com a alimentação, principalmente quanto a qualtidade de calorias, para ficar dentro do peso. Ainda estou nos treinos intensos, mas de agora em diante começo a diminuir o ritmo.

Gazeta – Está ansioso para essa luta? Belfort – Não estou ansioso, porque ansiedade é coisa de gente fraca. Eu estou preparado. E também estou muito feliz por esta oportunidade. Gazeta - Você vive no sul da Flórida há quatro anos. Sente um gostinho especial ao lutar no Brasil? Belfort – Eu brinco que aqui é um Brasil melhorado. Único problema do Brasil é a corrupção, mas lá está o que há de melhor: o povo brasileiro. Por isso é muito bom lutar no Brasil. Gazeta - Você se considera o favorito dessa luta? Belfort – Já me considero campeão. Gazeta -  Você e Henderson já se enfrentaram duas vezes. Qual o ponto forte de cada um? Belfort – Cada um tem suas qualidades. Aprendi que não há um melhor, mas sim que o time que joga melhor consegue a vitória. Gazeta - O que você pensa em fazer diferente da última luta, quando foi derrotado por Chris Weidman? Belfort – Naquela luta eu aprendi que preciso manter a mente calma. Fui ansioso, parti pra cima com golpes fortes e acabei machucando o ombro, o que me levou à derrota. Gazeta - Vencendo Dan Henderson, qual desafio você gostaria de ter pela frente? Belfort -  Estou concentrado apenas nessa luta, não quero ficar pensando lá na frente. Vencer é o meu foco agora. Gazeta - A aposentadoria já passa pela sua cabeça? Belfort – Tenho 38 anos e 20 anos de carreira de alta performance. Não estou velho, aliás, nunca estive tão bem quanto agora. As pessoas que criam esses paradigmas em relação à idade. De qualquer forma, não sou só um lutador. Fora do octógono, tenho vários negócios aqui e no Brasil, além de projetos sociais que visam não só ensinar o esporte às crianças, mas em cuidar da família como um todo, proporcionar um futuro. Gazeta – Recentemente, seu nome voltou a estar envolvido em polêmicas com testes antidoping, realizados em 2012, mas que vazaram equivocadamente pelo próprio UFC somente agora. O que você tem a dizer sobre isso? Belfort – Não quero comentar sobre isso. Quando olho para o meu passado, só lembro de coisas boas, e continuo só buscando coisas boas. Só penso no futuro, é ele que conta.