WikiLeaks vaza informações secretas que seriam da CIA

Por Gazeta News

O WikiLeaks divulgou nesta terça-feira, 7, mais de oito mil documentos confidenciais que alega ter obtido do Centro de Inteligência Cibernética da CIA, mas que ainda não comprovou a autenticidade das informações.

Um comunicado do WikiLeaks indicou que planejava publicar cerca de 9 mil arquivos desenvolvidos em código secreto pela CIA para roubar dados de alvos no exterior e transformar dispositivos comuns incluindo telefones celulares, computadores e até aparelhos de TV em instrumentos de espionagem.

Os arquivos digitais rastreados foram projetados para explorar vulnerabilidades em dispositivos de consumo da Apple, incluindo o iPhone, o software Android do Google e a TV Samsung, de acordo com WikiLeaks. O site afirma se tratar do maior vazamento da história da CIA, pois a agência de inteligência “recentemente perdeu o controle da maioria do seu arsenal de hackeamento, incluindo softwares, vírus maliciosos, troyans, sistemas de controle remoto e documentação associada”,segundo o WikiLeaks. “O arquivo parece ter estado circulando de forma não autorizada entre ex-hackers e prestadores de serviços do Governo, um dos quais ofereceu fragmentos ao Wikileaks”, acrescentou o site em um comunicado.

Tal violação da capacidade de inteligência dos Estados Unidos pode causar grandes consequências entre os países aliados, representando um desafio significativo para o presidente Trump, que, no passado elogiou o WikiLeaks e menosprezou o serviço de inteligência americano.

O Wikileaks alega que os vazamentos revelam detalhes de um programa global de "hackeamento" da CIA, incluindo infestação de programas de microfones dos smartphones citados e até mesmo em televisões da Samsung. Os documentos fazem parte do "Ano Zero", o primeiro de uma série de vazamentos que a organização denunciou.

Especialistas que analisaram o material disseram que as informações pareciam legítimas e que a divulgação poderá abalar o serviço de inteligência dos Estados Unidos. A CIA se recusou a comentar o assunto.

O presidente Donald Trump alinhou-se inicialmente com o WikiLeaks, quando os arquivos de e-mail de Hillary Clinton foram roubados por hackers e o ataque teria sido associado ao serviço de inteligência russo.

Na época, Trump não concordou com a conclusão da CIA de que a Rússia estava por trás do ataque, mas, desde então divulgou que considera Moscou como o possível responsável.

Fonte: The Washington Post.