YouTube e Google são acusados de violar lei sobre uso de dados de crianças nos EUA

[caption id="attachment_164405" align="alignleft" width="369"] O uso de dados de crianças é proibido por lei de 1998. Imagem: pixabay.[/caption] Os recentes escândalos envolvendo o uso ilegal de dados dos usuários das redes sociais ganhou mais uma crítica. Associações americanas se juntaram e entraram com acusações formais nesta segunda-feira, 9, contra o YouTube e o Google por coleta de dados pessoais de crianças para utilização em publicidade, uma prática que consideram ilegal. Vinte e três organizações de defesa dos direitos digitais e de proteção da infância denunciaram as empresas à FederalTrade Commission (Comissão Federal de Comércio) e pediram uma investigação sobre tais práticas. De acordo com a lei Children's Online Privacy Protection Act (lei de proteção da vida privada das crianças na Internet) criada em 1998, é proibido o uso por sites de informações de crianças em publicidade sem antes pedir o consentimento dos pais e as associações alegam que o Google coleta informações pessoais de menores de idade no YouTube, um site proibido para menores de 13 anos, como localização; aparelho usado para conexão e; números de telefones celulares "sem informar previamente os pais". O documento explica ainda que as informações são utilizadas com "fins publicitários entre as crianças na internet". Em comunicado, Josh Golin, que representa a Campanha por uma Infância sem Publicidade, uma das organizações denunciantes, criticou que "Há anos, o Google abandonou suas responsabilidades a respeito das crianças e suas famílias, afirmando de maneira enganosa que o YouTube -- um site inundado de desenhos animados, canções infantis e publicidade de brinquedos -- não está habilitado aos menores de 13 anos". "Google obtém lucros gigantescos com a publicidade para crianças e deve respeitar a COPPA", destaca Golin. Segundo as associações, as práticas do Google violam a lei que "proíbe um site destinado a crianças e que saiba o que as crianças utilizam de coletar ou utilizar informações sem o acordo prévio dos pais". Um porta-voz do Google disse que "proteger as crianças e suas famílias é uma prioridade" do grupo. "Como o YouTube não é voltado para crianças, fizemos grandes investimentos para criar o aplicativo YouTube Kids, uma alternativa especialmente destinada às crianças" disse o porta-voz. Com informações da Reuters.