Jovem brasileiro faz $20 mil virar empresa de $15 milhões de dólares
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A empresa, chamada Contour, que produz câmeras de alta definição para esportes radicais, vendeu mais de $15 milhões de dólares no ano passado e ficou na sétima posição na lista das 500 empresas que mais cresceram em 2011. Tudo isso tendo um brasileiro no comando.
Marc Barros chegou aos Estados Unidos, ainda criança, trazido pelos pais. Depois de ficar em terceiro lugar em uma competição na Universidade de Washington, ganhando um prêmio de $20 mil dólares, ele, juntamente com o amigo Jason Green, fundaram uma empresa de câmeras para capacete em 2003, com sede em Seattle.
Hoje, câmera para capacete é um dos acessórios mais usados pelos praticantes de esportes radicais como esqui, snowboard, surfe e motocross.
Como filho de imigrante, Barros diz que ele sempre trabalhou um pouco mais duro que seus colegas. Na high school, quando seus amigos trabalhavam em acampamentos de verão para receber um salário mínimo, ele tinha uma escola de futebol para crianças. “Eu imaginei que poderia montar uma escolinha de futebol e ganhar quatro vezes mais que meus amigos ganhavam trabalhando das 9 às 5 da tarde”, disse Barros.
Como todo brasileiro, futebol e esportes em geral sempre fizeram parte da vida de Barros, também uma razão pela qual ele conseguiu sobreviver aos períodos mais difíceis da vida à frente de uma empresa nova. “Como um atleta, você força o seu corpo e mente além de onde pensa que poderia ir. Como empreendedor é a mesma coisa”.
Do início humilde – em um galpão vazio sem aquecimento – a Contour trilhou um longo caminho. A empresa ficou na sétima posição na lista das 500 que mais cresceram em 2011, saindo da posição 183 apenas, onde estava há um ano. Outros prêmios incluem “Gadget of the Year”, da revista Time, Men’s Health e Men’s Journal, “Best of the 2010” da Outside Magazine e CES Innovation Award.
A empresa faturou $15 milhões de dólares em 2011, mais do dobro de 2010. Barros espera que as vendas este ano cheguem a $50 milhões de dólares.
Hoje, o brasileiro parece que conquistou tudo como um jovem presidente de uma empresa inovadora e de rápido crescimento. Mas as coisas não foram tão fáceis no início. A empresa não podia sequer pagar pelo aquecimento do galpão nos seus primeiros dias. Barros foi forçado a pedir um empréstimo do seu tio, porque o banco não acreditava no negócio, ou nos seus fundadores recém saídos da faculdade.
Quando a crise de 2008 bateu à porta, a Contour viveu seus dias mais negros. “As lojas estavam começando a fazer seus pedidos, nós estávamos começando a vender o produto, quando a economia afundou”, relembra. “Nós tivemos que demitir cinco pessoas em um único dia. Este foi um dos dias mais difíceis. Nós tivemos que cortar o suficiente para sobreviver”.
A Contour sobreviveu e prosperou, mas Barros perdeu sua mãe para o câncer durante este período, depois de uma batalha de 15 anos contra a doença. Para ele o seu pai é sua maior inspiração. “Ele nunca desistiu. Ele nunca a deixou desistir”, diz.
Hoje, a empresa criada por Barros produz uma linha com cinco diferentes tipos de câmeras, além de acessórios para todo tipo de uso nos mais variados esportes de ação.
