Zika vírus também pode causar síndrome paralisante

Por Gazeta News

zika

O Zika vírus, apontado como o responsável pelo recente aumento do número de casos de microcefalia em bebês no Brasil, especialmente na região Nordeste, tem sido relacionada à outra séria doença: Síndrome de Guillain Barré.

A síndrome é uma doença rara neurológica que, segundo especialistas, pode ocorrer até um mês depois de uma infecção causada por bactérias ou vírus, como o zika. Em alguns casos, terminada a infecção, o sistema autoimune do paciente sofre uma “pane” e identifica células do organismo como invasora e passa a atacá-las. A consequência é a paralisação dos membros inferiores, podendo atingir segmentos superiores do corpo, levando, inclusive, a situações de gravidade como a paralisia da respiração.

De acordo com médica Ana Escobar, ao “G1”, a Síndrome de Guillain Barré não é nova, mas sua associação com o Zika vírus, sim. “O número de casos da Síndrome de Guillain Barré aumentou significativamente em 2015, especialmente nos estados mais acometidos pelo Zika vírus e já se estabeleceu uma relação entre os mesmos. O fato é que vivemos, como apontam especialistas, uma tríplice epidemia no Brasil: dengue, Zika e Chikungunya. Todas transmitidas pelo mesmo vetor: o Aedes aegypti”.

A relação entre zika vírus e a Síndrome Guillian-Barré foi comprovada pela Fiocruz de Pernambuco.

Microcefalia Os casos de bebês com suspeita de microcefalia (má-formação do cérebro) continuam aumentando no Brasil e chegam a 1.761 em 422 municípios de 13 estados e no Distrito Federal, segundo um novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no dia 8. No levantamento foram constatados 19 óbitos de bebês com microcefalia em oito estados.

Pernambuco continua tendo o maior número de casos, com 804, seguido da Paraíba (316), Bahia (180), Rio Grande do Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37); Piauí (36); Tocantins (29); Rio de Janeiro (23); Mato Grosso do Sul (9); Goiás (3) e Distrito Federal (1).