No que é descrito como um programa “piloto”, as nações da América Central chegaram a um acordo para deixar com que aproximadamente 8 mil cubanos bloqueados na fronteira do país com a Nicarágua continuem viagem em direção aos Estados Unidos em janeiro, disseram oficiais.
A transferência humanitária irá transportar de avião aproximadamente 250 cubanos na primeira semana de janeiro da Costa Rica para El Salvador. De lá, eles continuarão a viagem de ônibus até o México, disse o ministro de relações exteriores da Costa Rica, no dia 28.
Oficiais da Costa Rica, que pararam de emitir vistos de trânsito a cubanos no começo de dezembro, disseram que abrigar esses migrantes tem sido um peso aos governos locais. “A solução encontrada é uma exceção absoluta e somente para esses pessoas que entraram no território nacional legalmente”, disse o ministro de relações exteriores da Costa Rica, Manuel Gonzalez. Desde a metade de novembro, o número de migrantes cubanos presos na fronteira norte da Costa Rica com a Nigarágua cresceu, chegando a aproximadamente 8 mil pessoas.
A onda de imigrantes cubanos rumo aos EUA cresceu quase 80% em 2015, desde que foi anunciada a reaproximação diplomática entre Washington e Havana. Os EUA tem uma política especial para os cidadãos cubanos chamada “wet foot, dry foot”, que permite a permanência dos imigrantes uma vez que alcancem o país.
Os migrantes ficaram bloqueados na Costa Rica depois que a Nicarágua, que é aliada a Cuba, fechou suas fronteiras em novembro, afirmando que a Costa Rica criou uma “crise humanitária” ao emitir vistos de trânsito a mais de mil cubanos.
No dia 27, o Papa Francisco pediu que a região chegasse a um acordo para resolver o drama humanitário rapidamente. O acordo foi alcançado entre oficiais do Panamá, El Salvador, Guatemala, Honduras, Belize, México, Costa Rica e a International Organization for Migration.
Fonte: Reuters e BBC.