Pelo menos em dois quesitos importantes não dá para avaliar o ano de 2015 como um bom ano. Como muitos disseram em redes sociais, é um ano que demorou para acabar.
Para os imigrantes indocumentados que dependem de uma reforma, a única alternativa, as Ordens Executivas do presidente Barack Obama, permanecem bloqueadas, tendo somente o verão, época em que a Suprema Corte poderá julgar o caso, como uma luz no fim do túnel. Com a chegada da campanha presidencial, a retórica anti-imigrante vai de mal a pior, depois que um fenômeno chamado “Trump” conseguiu disparar nas pesquisas, mesmo com seus discursos absurdos chamando mexicanos de estupradores e criminosos e com a proposta de proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.
Outro quesito que acaba afetando algumas áreas no sul da Flórida foi a disparada do dólar no Brasil. Claro que o nosso dinheiro vale mais agora, quando visitamos o nosso país, mas ao mesmo tempo, os negócios que se fortaleceram nos últimos anos com o “boom” dos brasileiros no exterior, perdeu força. Isso vai desde as companhias aéreas até o pequeno empresário de turismo ou vendas.
Existem coisas que não podemos evitar, mas para as outras podemos nos propor a melhorar. Eis aqui a sugestão de uma lista de resoluções para fazer a comunidade brasileira no exterior melhor em 2016:
- Cidadania – se você está entre os 8 milhões de residentes elegíveis à cidadania americana que ainda não se naturalizaram, coloque esta meta em seu novo ano. Afinal, em ano eleitoral, nunca sabemos quais serão as novas leis.
- Vote – caso seja elegível a votar, vote e mostre sua opinião política. Isso é válido não somente nas eleições presidenciais, como nas “mid-term elections”, que ocorrerão em 2018. É importante se conscientizar que foi nessas eleições que a oposição no Congresso contra o atual governo ficou ainda mais forte.
- Segurança nas piscinas e lagos – vemos repetidamente que piscina, lagos e filhos pequenos são combinações perigosas. Ano a ano, infelizmente, a comunidade perde crianças afogadas em piscinas e lagos residenciais. Coloque alarmes, cercas de proteção e lembre-se que nada substitui a supervisão de um adulto.
- “Don’t drink and drive”/“Don’t text and drive” – O sul da Flórida é cheio de estradas e, infelizmente, o número de acidentes fatais é alto todos os anos. Este ano vimos vários casos de motoristas embriagados dirigindo até na contramão. Se você tiver bebido ou se estiver distraído enviando mensagens de texto, as chances de acidentes são ainda maiores.
- Faça seu seguro de saúde – pessoas elegíveis têm até o dia 31 de janeiro para fazerem o seguro de saúde sob o Affordable Care Act para não pagarem multa. Esperamos que em 2016 menos brasileiros precisem de ajuda para pagar pelas contas hospitalares e possam ter atendimento de primeira qualidade.
- Incentive o seguro viagem – Recentemente, publicamos a história do mineiro Walter Motta, que sofreu um ataque do coração no Texas, onde estava para o casamento do neto. Ele tinha um seguro de viagem com uma apólice baixa e sua família ainda luta para arrecadar dinheiro para o transporte do paciente de volta ao Brasil para tratamento. É importante incentivarmos familiares e amigos que visitam os EUA a escolherem um bom seguro de viagem.
- Desencoraje a imigração ilegal – A entrada ilegal nos Estados Unidos, tanto por mar como pelo deserto, é perigosa e já tirou a vida de pelo menos duas brasileiras este ano, Najla Salem e Suenne Ferreira Lima.
- Diga não às pirâmides financeiras – Tudo que parece muito bom para ser verdade é, de fato, muito bom para ser verdade. Autoridades americanas e brasileiras acabaram com a TelexFree ainda investigam o brasileiro Daniel Fernandes Rojo Filho, também pela formação de pirâmide.