Dois dos três adolescentes acusados pela morte do adolescente gaúcho Roger Trindade, de 15 anos, serão julgados por homicídio como adultos. Jesse Sutherland, 16, e Simeon Hall, 16, estavam em prisão domiciliar e foram levados esta semana para a prisão do Condado de Orange, onde aguardam o julgamento final do caso marcado para o dia 15 de novembro.
Com a mudança no status de julgamento, os dois jovens podem ir a júri popular onde um grupo de pessoas decidirá se são culpados ou não.
Além da morte de Roger, Simeon Hall responde também pelo crime de danos corporais agravados, quando agrediu um outro jovem no dia 8 deste mês, e adulteração de um dispositivo de monitoramento eletrônico, segundo os registros da prisão. O adolescente está sendo mantido sem fiança em ambas as acusações.
Em janeiro, Sutherland e Hall foram colocados em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
O terceiro adolescente, Jagger Gouda, 15, ainda encontra-se em prisão domiciliar e não responde por homicídio como os outros dois, mas por envolvimento e adulteração de testemunha e será julgado como adolescente, de forma mais branda.
Nesta quarta-feira, Adriana Thomé, mãe de Roger, declarou ao GAZETA que acha que todos os três adolescentes deveriam ser punidos por serem ameaça à sociedade. Para Adriana, o Gouda é “tão culpado quanto os outros porque foi ele quem chamou os maiores para brigarem com o Roger”, declarou.
Adriana espera que os adolescentes paguem pelo o que fizeram com mais tempo na prisão pela mudança no julgamento. “É o que se espera na verdade. A única coisa que eu queria era meu filho de volta, mas isso não é possível então que paguem pelo que fizeram e que isto possa servir de exemplo para outros adolescentes violentos aqui nos EUA”, acrescentou.
De acordo com a legislação da Flórida sobre Procedimentos e Correções Criminais, no Título XLVII, Capítulo 985 - 985.565 que diz respeito a: Poderes de sentença; procedimentos e alternativas para jovens processados ??como adultos: “Uma criança que tenha cometido uma violação da lei pode, como alternativa às disposições para adultos, ser comprometida com o departamento para tratamento em um programa apropriado para crianças fora do sistema correcional adulto ou ser colocada em liberdade condicional juvenil". E também consta, "Se a criança tiver cometido a infração punível com a morte ou prisão perpétua, a criança será sentenciada como adulto”.
