O presidente Barack Obama lançou seu último ano na presidência nos Estados Unidos com o discurso do Estado da União na noite do dia 12, passando a imagem de um país próspero e seguro.
Como previsto, o presidente adotou um tom otimista, afirmando que os americanos não devem temer o futuro, apesar das incertezas. Mas ele deu ênfase que Washington precisa acabar com o impasse político.
Seu último discurso anual em uma sessão conjunta do Congresso focou mais em temas abrangentes que em iniciativas detalhadas ou novos planos ambiciosos.
Em diversos momentos, ele citou comentários pessimistas feitos por pré-candidatos republicanos e os desmentiu. Sem fazer alusões diretas, mencionou por exemplo pessoas que falam em decadência econômica, rejeitam o aquecimento global, defendem bombardeios em zonas civis na Síria e atacam muçulmanos, todos pontos já abordados pelos líderes nas pesquisas Donald Trump e Ted Cruz.
Obama criticou ainda os que tentam instaurar o medo, citando o passado e afirmando que o atual período de grandes mudanças pode ser usado a favor dos EUA.
Logo no início do discurso, Obama anunciou que não queria falar apenas das propostas para seu último ano de mandato, mas para os próximos cinco, dez anos ou mais. “Quero focar nosso futuro”, disse.
Para isso, afirmou que irá continuar buscando o progresso ainda necessário. “Consertar um sistema imigratório defeituoso. Proteger nossos filhos da violência com armas. Salários iguais para trabalhos iguais, licença-maternidade, aumentar o salário mínimo”, citou. “Ainda são as coisas certas a fazer. E não vou desistir até que elas sejam feitas”.
O discurso, realizado anualmente e sempre em janeiro, é uma forma de o presidente prestar esclarecimentos sobre a situação do país e planos para o futuro a senadores, deputados, militares, membros da Suprema Corte e convidados. O primeiro discurso do Estado da Nação foi feito por George Washington, em 1790.