Este é um período de gratidão. Acabamos de passar, mais uma vez, pela fúria de um furacão que prometeu e não veio... não veio para nossa área, graças a Deus! Mas acabou com um dos destinos mais paradisíacos do planeta: as Bahamas!
Muito a se pensar.
Mas antes disso vamos pensar nos gastos que tivemos na preparação para este furacão. Compras de mercado, gasolina, madeira, lanternas, baterias, toneladas de água, pagamento de gente para colocar as placas de proteção na casa (shutters), etc.
Isso quando a família não decidiu sair da cidade e alugar um carro, pagar hotel, o que encareceu ainda mais o valor total gasto neste período de preparação para o furacão Dorian.
A família de classe média gastou em torno de $300 a $500 dólares nesta preparação. E agora?
Primeiramente por favor não devolva sua comida ao mercado (a menos que você não tenha outra opção) pois a maioria dos mercados inutiliza estas devoluções.
E se ao invés de devolver, você doasse para Bahamas?
Existem várias organizações se mobilizando para o auxílio e resgate. Em nossa comunidade mesmo temos por exemplo o Rotary Club e a V.E.R -Volunteer Emergency Relief (ver reportagem no gazetanews.com).
Procure uma que você mais simpatize e doe. Acredito que eles estão precisando muito das nossas doações.
Mas se não dá para você doar, guarde, pois a temporada de furacão ainda se estende até novembro. Outra coisa que você pode fazer é se preparar melhor para este período.
E como essa preparação acontece?
Primeiro é muito importante já saber que a temporada começa em junho então aos pouquinhos vai preenchendo a sua dispensa com itens não perecíveis que são perfeitos para esta época do ano, aproveite e aos poucos também estoque água, baterias, lanternas e todo tipo de material que não tem uma duração limitada. Ao realizar essa tarefa o seu bolso, não vai sentir tanto, e o mais importante você não vai estar saindo tanto do seu orçamento mensal. Tudo na vida é melhor quando existe planejamento.
Mas comecei essa coluna falando de gratidão, e queria terminar falando da mesma coisa. Minha vizinha tem uma filha que morava em Bahamas com o esposo, eles ficaram horas presos dentro de casa com água até o pescoço, conseguiram se salvar e depois de 7 horas de viagem de balsa conseguiram chegar aos Estados Unidos. Chegaram aqui com as roupas do corpo, perderam absolutamente todos os bens materiais, lembranças de família, fotos, recordações, mas estão vivos.
Ela ainda está traumatizada, chora muito e não dorme pois quando consegue dormir sonha com o pesadelo que acabou com parte de sua vida nas Bahamas. Fica aqui essa história para lembrar como a vida é efêmera e como nós somos abençoados por apesar de termos ficado alguns dias com a ansiedade de espera de um grande furacão, ele na verdade não veio.
Que esta solidariedade que estamos vendo em nossa comunidade se multiplique.
Queria também agradecer pelos inúmeros e-mails com sugestões de assuntos para nossas próximas colunas, estou trabalhando carinhosamente em cada sugestão.
Uma semana bastante produtiva e feliz para todos.
