O Comitê Judiciário da Câmara de Representantes começou, na quarta-feira, 4, um debate jurídico para determinar se as ações do presidente Donald Trump podem ser punidas com um impeachment.
Os membros do comitê - a maioria do Partido Democrata - ouviram especialistas na Constituição para determinar se vão ou não recomendar o impeachment do presidente.
Apesar de serem minoria no comitê, republicanos podem usar procedimentos parlamentares para retardar os procedimentos.
Os Democratas pediram um inquérito de impeachment porque Trump pediu ao presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, para investigar seu rival político, Joe Biden, que concorre às eleições presidenciais do ano que vem.
Juristas ouvidos
Quatro juristas foram ouvidos: Pamela Karlan, professora da Universidade de Stanford (escolhida pelos Democratas); Noah Feldman, professor de Harvard (escolhido pelos Democratas); Michael Gerhardt, professor da Universidade da Carolina do Norte (escolhido pelos Democratas) e Jonathan Turley, professor da Universidade George Washington (escolhido pelos Republicanos).
Os três especialistas convidados pelos Democratas argumentaram a favor do impeachment. Já o especialista levado pelos Republicanos argumentou contra o procedimento.
Na terça-feira, 3, o Comitê concluiu em seu relatório que Trump "colocou seus interesses pessoais e políticos acima dos interesses nacionais, tentando solapar a integridade do processo eleitoral americano e colocando em risco a segurança nacional".
Trump voltou a negar que tenha havido qualquer irregularidade de sua parte e afirmou que o relatório na Câmara é "uma piada" e que o oposicionista Partido Democrata perderá votos por causa dele na eleição de 2020.
Segundo especialistas, como a Câmara é controlada pelos democratas, o impeachment será aprovado certamente, mas dificilmente passará pelo Senado, que é controlado pelos republicanos.
"Esse relatório não mostra nada mais do que as frustrações dos democratas, lê-se como as divagações de um blogueiro de pouca relevância que tenta demonstrar algo que não tem", disse a Casa Branca. Leia a matéria completa no gazetanews.com.
