Muitos detidos do U.S. Immigration and Customs Enforcement (Departamento de Imigração e Fiscalização da Alfândega dos Estados Unidos) não recebem assistência médica adequada e são forçados à prisão solitária como forma de retaliação, concluiu o Comitê de Segurança Interna da Câmara em um relatório divulgado na segunda-feira, 21. A lista de alegações de tratamento abaixo do padrão no vasto sistema de detenção de imigrantes do ICE vem aumentando. Nesta semana, centros de detenção da agência na Flórida foram acusados de retirar detentos com covid-19 do isolamento para audiências com juízes de imigração. Funcionários da maioria democrata do comitê, liderado pelo Representante Bennie Thompson, do Mississippi, compilaram o relatório após entrevistarem funcionários e detidos em oito prisões em cinco estados, parte de uma rede nacional de instalações de detenção de imigrantes que geralmente são operadas por empresas privadas e governos locais. Foi colocado no relatório que os funcionários dessas prisões ignoraram com frequência problemas médicos graves por meses, negaram medicamentos aos imigrantes, zombaram das queixas médicas dos detidos e impediram que pessoas com problemas graves de saúde mental tivessem acesso aos cuidados. Além disso, os guardas usaram o confinamento solitário como uma ameaça, às vezes colocando os detidos separados dos demais se eles fizessem muitos pedidos médicos. Muitos detidos não sabiam como acessar informações sobre seus casos no tribunal de imigração, disse o relatório, e os tradutores e serviços jurídicos geralmente eram poucos. O ICE tem a tarefa de garantir que suas prisões sigam as regras da agência, mas as inspeções têm escopo restrito e a agência frequentemente não intervém para corrigir os problemas, concluiu o relatório. A porta-voz do ICE, Danielle Bennett, disse à Forbes que a agência analisará o relatório: “O ICE acolhe quaisquer recomendações que ajudem a melhorar os processos da agência e garantir que as operações de detenção civil proporcionem um ambiente seguro e protegido para os detidos”. Com informações da Forbes.
