A população dos Estados Unidos ganhou imigrantes no ritmo mais lento em 10 anos no ano passado, de acordo com uma análise de novos dados do censo da Pesquisa da Comunidade Americana do Census Bureau. As mudanças nas leis imigratórias e o cerco à imigração ilegal são vistos como a causa provável desse declínio.
De acordo com os dados, o aumento líquido de imigrantes na população americana caiu para cerca de 200.000 pessoas em 2018, um declínio de mais de 70% em relação ao ano anterior, segundo William Frey, demógrafo chefe da Brookings Institution, que conduziu a análise.
"É notável. Isso é algo que realmente não acontece desde a Grande Recessão", disse David Bier, especialista em imigração do Instituto Cato ao The New York Times.
O número líquido de imigração é composto por todas as pessoas nascidas no exterior que vieram para os Estados Unidos, menos de quem saiu e quem morreu, segundo os demógrafos.
América Latina e Ásia
Os maiores declínios nos níveis de imigrantes foram entre pessoas da América Latina e Ásia que não eram cidadãs dos Estados Unidos -uma diminuição de cerca de 478.000 pessoas, sendo mais da metade da América Latina, segundo a análise.
No total, cerca de 45 milhões de estrangeiros nasceram nos Estados Unidos em 2018. Cerca da metade deles eram cidadãos, quase um quarto não estava documentado e o restante era legal. Os imigrantes, como parte da população do país, permaneceram estáveis em 13,7%, a maior parcela desde 1910.
Desde 2010, o número de imigrantes que chegam do México diminuiu, enquanto o número da China e da Índia aumentou. Mas em 2018, o número de pessoas da Ásia que viviam nos Estados Unidos, mas não eram cidadãos americanos, diminuiu. Segundo a análise, podem ser pessoas que trabalhavam ou estudavam nos Estados Unidos, mas que desistiram de esperar pelo status de imigração.
Nova York e Illinois tiveram declínios mensuráveis em suas populações nascidas no exterior, enquanto 11 estados tiveram aumentos, incluindo Flórida, Texas e Arizona.
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