A Immigration and Customs Enforcement (ICE) planeja lançar uma operação para localizar e deportar imigrantes indocumentados que não deixaram voluntariamente os Estados Unidos, apesar de já terem se comprometido a fazê-lo, de acordo com um projeto de memorando obtido pela CNN.
A operação, chamada de "Operação Promessa Quebrada", é descrita como tendo como alvo "estrangeiros que estão ilegalmente e que quebraram seu compromisso ou promessa aos Estados Unidos ao não deixar o país por ordem de saída voluntária", diz o memorando.
Geralmente, as pessoas que residem nos EUA ilegalmente podem optar por deixar os EUA sob o que é conhecido como "saída voluntária" em uma data especificada e evitar as consequências que vêm com a deportação, como prisão e detenção, bem como algumas barreiras na reentrada.
“Infelizmente, ao longo dos anos, milhares de imigrantes aceitaram o benefício da saída voluntária sem cumprir sua promessa ao governo - deixando de sair oportunamente dos Estados Unidos”, diz o memorando.
O documento também destaca que as pessoas com condenações criminais serão priorizadas.
Esta é a última de uma série de operações lançadas nos últimos meses pelo ICE, o braço de fiscalização do Departamento de Segurança Interna, depois que a agência disse que focaria amplamente na fiscalização de riscos de segurança pública em meio à pandemia de coronavírus.
O ICE e o DHS estão ampliando uma série de operações, particularmente em jurisdições que adotaram políticas que limitam a cooperação entre as autoridades policiais locais e as autoridades federais de imigração. Recentemente, foi anunciada a expansão para acelerar as deportações incluindo imigrantes sem documentos em qualquer lugar dos EUA que não podem provar que viveram nos EUA continuamente por dois anos ou mais.
No ano fiscal de 2020, 16.451 imigrantes foram autorizados a sair voluntariamente por um juiz de imigração, de acordo com o Transactional Records Access Clearinghouse da Syracuse University, que rastreia os dados do tribunal de imigração.
Consistente com sua política de locais sensíveis, durante a crise da COVID-19, o ICE não realizará operações de fiscalização em ou perto de instalações de saúde, como hospitais, consultórios médicos, clínicas de saúde credenciadas e instalações de atendimento emergencial ou urgente, exceto nas as mais extraordinárias das circunstâncias, afirma a agência em seu portal. Com informações da CNN.
