Em New Jersey, prisioneiros imigrantes estão em greve de fome nas prisões do U.S. Immigration and Customs Enforcement de Essex County e Hudson County, segundo o portal Patch.
Eles exigem que o ICE os liberte para que possam se reunir com suas famílias e estar em um lugar mais seguro em meio ao aumento de COVID-19 enquanto aguardam seus casos de imigração. Os presos relataram intimidações e ameaças dos guardas.
Havia pelo menos 10 detidos da imigração federal em greve de fome na prisão administrada pelo condado de Essex em Newark na quarta-feira, 6, menos um que no dia anterior, disse um porta-voz do Immigration and Customs Enforcement (ICE) ao portal Patch.
No entanto, os defensores relataram um maior número de detidos participantes, pedindo à comunidade para "falar em apoio aos 86 grevistas" na quarta-feira, 6.
Ações semelhantes ocorreram recentemente em outras prisões de North Jersey que são pagas para abrigar detentos do ICE, incluindo o Centro Correcional do Condado de Hudson em Kearny, onde uma greve de fome foi iniciada entre os detidos na semana passada.
Outra greve de fome aconteceu lá no início da pandemia em março.
A Abolish ICE NY-NJ Coalition, falando em nome de alguns dos grevistas participantes, disse que os detidos estão exigindo a libertação da custódia do ICE porque correm risco em meio à pandemia do coronavírus.
Eles querem continuar seus casos de imigração junto com amigos ou familiares, disseram os defensores.
“Se eles fossem cidadãos americanos, estariam em casa com suas famílias agora”, disse a coalizão.
“Estamos lutando porque quero ficar neste país com meus filhos, neste país onde vivi por tanto tempo e que considero meu lar”, disse um detido não identificado ao grupo. “Estamos sacrificando nossos corpos, deixando-os saber que ficar no campo com meus filhos - e o bem-estar deles - é mais importante do que minha vida.”
Um porta-voz do escritório do ICE em Newark ofereceu uma declaração sobre a greve de fome no Centro Correcional do Condado de Essex:
"A U.S. Immigration and Customs Enforcement respeita plenamente os direitos de todas as pessoas de expressar sua opinião sem interferência. O ICE não retalia de forma alguma contra os grevistas. Pessoal médico qualificado em cada instalação explica os efeitos negativos para a saúde de não comer aos detidos em greve de fome e monitora de perto sua ingestão de alimentos e água. O pessoal médico qualificado também dá continuidade ao monitoramento clínico, de saúde mental e laboratorial para manter a saúde da pessoa. ”
