O presidente Joe Biden, o secretário do Departamento de Segurança Interna (Department of Homeland Security), Alejandro Mayorkas, e outros órgãos da atual administração estão decidindo revisar casos de imigrantes deportados injustamente. Eles são militares, trabalhadores e chefes de família sem histórico criminal e que foram deportados com a mudança nas leis durante o governo Trump que retirou os critérios de prioridade para deportações.
De acordo com o site pró-migração Marshall Project, o DHS está trabalhando em planos para uma revisão organizada de milhares de casos de pessoas que dizem ter sido deportadas injustamente nos últimos anos. Elas poderão iniciar novo processo para vir para os EUA.
"Estamos ansiosos para trazer de volta as pessoas que não deveriam ter sido removidas em primeiro lugar", disse um funcionário ao site.
De acordo com a publicação, as autoridades dizem que muitas deportações, especialmente sob o presidente Trump, foram excessivamente duras, com poucos benefícios para a aplicação da lei. "Eles estão trabalhando para criar um sistema para reconsiderar os casos de imigrantes que foram removidos apesar dos fortes laços com os Estados Unidos."
O artigo propõe que o governo Biden exclua os imigrantes violentos e criminosos e dê as boas-vindas aos migrantes que enfrentaram a entrada ilegal ou que trabalharam ilegalmente.
Marsha Espinosa, porta-voz do DHS, confirmou que as autoridades estão desenvolvendo "uma abordagem rigorosa e sistemática" para conduzir as análises e "um processo ordeiro" para que as pessoas deportadas apresentem suas reivindicações.
As revisões incluiriam:
-Famílias de militares e veteranos - algumas declarações de parentes militares já foram concluídas;
-Jovens imigrantes que foram excluídos das proteções do programa DACA;
-Pessoas que dizem que foram deportadas em retaliação por lutar contra suas remoções ou protestar publicamente contra as políticas de imigração;
-Deportados com cônjuges, filhos ou outros parentes próximos que são cidadãos americanos e podem mostrar que suas famílias foram gravemente prejudicadas pela deportação de um dos pais ou do chefe de família.
As revisões serão feitas caso a caso, disseram as autoridades. Pelo menos inicialmente, apenas uma fração muito pequena - talvez milhares - de mais de 900.000 deportações formais realizadas sob o governo Trump poderiam ser revertidas. Mas, eventualmente, se o sistema de revisão for eficaz, muito mais pessoas podem se inscrever.
Estudiosos jurídicos disseram que um processo que resultou no retorno de um número significativo de pessoas deportadas seria altamente incomum na lei de imigração americana. Até agora, desfazer deportações geralmente exigia árduas batalhas jurídicas em casos excepcionais, e os retornos de deportados não são frequentes.
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