Uma nova análise do Cato Institute, um think tank com sede em Washington, D.C., mostra que os tempos de espera para o processamento de vistos dos EUA atingiram seu pior ponto desde os ataques terroristas de 11 de setembro.
Com base nos dados mais recentes do Departamento de Estado dos EUA, Cato relata que os tempos de espera para entrevistas de visto de estudante estão em média 49 dias em julho de 2022 (cinco vezes a média pré-pandemia de dez dias). Aqueles que solicitam vistos de viagem de turismo ou negócios esperarão surpreendentes 247 dias em média (em comparação com uma referência de 17 dias antes da COVID).
Alguns consulados como em Bogotá, na Colômbia, e Ciudad Juarez, no México, a espera é de dois anos em média, sendo 738 dias e 612 dias, respectivamente.
A questão é simplesmente o acúmulo de arquivos de vistos nos consulados e embaixadas dos EUA em todo o mundo durante um fechamento prolongado de processamento durante a pandemia. “Você não pode simplesmente fechar por mais de um ano e não esperar ter uma cascata de consequências”, diz David Bier, diretor associado do Instituto.
Os dados do Departamento de Estado também mostram que os tempos de processamento variam muito, não apenas por classe de visto, mas também pelos postos diplomáticos.
"Os consulados estão implementando a política de maneiras muito diferentes. Alguns consulados simplesmente permitem que os solicitantes de renovação enviem sua documentação por correio. Outros exigem que os candidatos deixem pessoalmente. Outros muitas vezes ainda exigem que os candidatos sejam entrevistados independentemente", disse David Bier.
Em meio a crescentes pedidos para que o governo dos EUA aja para aliviar os tempos de processamento de vistos, o relatório Cato também aponta que há precedente para intervenção executiva quando os tempos de espera se tornam excessivos: O presidente Obama ordenou que 80% de todos os vistos temporários sejam emitidos em menos de 21 dias. Essa ordem executiva prontamente reduziu o tempo de espera do visto para alguns dias, mas o ex-presidente Trump rescindiu a ordem e o presidente Biden não conseguiu reemiti-la.
Fonte: ICEF Monitor.
