Com um número crescente de venezuelanos chegando à fronteira EUA-México, na semana passada, o governo Biden voltou com a Título 42 - regra que permite que imigrantes sejam rapidamente devolvidos ao México sem a chance de solicitar asilo na fronteira.
A regra, invocada pela primeira vez por Trump em 2020, usa a autoridade de saúde pública de emergência para permitir que os Estados Unidos impeçam os imigrantes de buscar asilo na fronteira, com base na necessidade de ajudar a impedir a propagação da COVID-19.
Sob a nova política do governo, os venezuelanos que cruzarem a fronteira sul dos Estados Unidos serão expulsos e qualquer venezuelano que entrar ilegalmente no México ou no Panamá será inelegível para vir aos Estados Unidos.
Mas, legalmente, até 24.000 venezuelanos poderão ser aceitos nos aeroportos dos EUA, isso caso o governo aceite medida semelhante à forma como os ucranianos foram admitidos desde a invasão da Rússia em fevereiro.
O México insistiu que os EUA admitam um venezuelano em liberdade condicional humanitária para cada venezuelano expulso para o México, de acordo com uma autoridade mexicana sob condição de anonimato à Associated Press.
Em agosto, os venezuelanos eram a segunda maior nacionalidade a chegar à fronteira dos EUA depois dos mexicanos. Dado que as tensões dos EUA com a Venezuela significavam que os migrantes do país não poderiam ser enviados de volta facilmente, a situação se tornou cada vez mais difícil de gerenciar.
Após meses de deliberações e preparações internas, o CDC disse em 1º de abril que encerraria a ordem de saúde pública em vigor desde 2020 pela pandemia e retornaria ao processamento normal de imigrantes na fronteira, dando-lhes a chance de solicitar asilo nos EUA.
Agora, com o retorno, o governo diz que a política visa garantir uma maneira “legal e ordenada” para os venezuelanos entrarem nos EUA. Fonte: Associated Press.
