O governo Trump demitiu nesta segunda-feira oito juízes de imigração que atuavam no edifício federal da 26 Federal Plaza, em Nova York, segundo informou a Associação Nacional de Juízes de Imigração. As demissões ocorreram no mesmo dia em que a ex-juíza de imigração Tania Nemer, de Ohio, entrou com um processo contra o Departamento de Justiça alegando ter sido afastada por motivos discriminatórios.
Nemer afirma ter sido dispensada abruptamente durante o período probatório, apesar de avaliações consideradas “excelentes”. Em sua ação, ela alega ter sido alvo de discriminação por ser mulher, por sua dupla cidadania com o Líbano e por ter concorrido a um cargo local como democrata. A defesa afirma que sua dispensa foi parte de um esforço acelerado da nova administração para remover servidores considerados “desfavoráveis”.
Segundo o sindicato, mais de 100 juízes de imigração foram demitidos, transferidos ou pressionados a pedir demissão por meio do programa interno conhecido como “Fork in the Road”. Ao mesmo tempo, o Departamento de Segurança Interna está contratando “juízes de deportação”, oferecendo salários entre US$ 159 mil e US$ 207 mil e possibilidade de trabalho remoto.
A demissão de Nemer veio acompanhada de sua escolta para fora do tribunal. Tanto seu supervisor quanto o juiz-chefe interino disseram desconhecer os motivos da decisão. A queixa afirma ainda que o Departamento de Justiça não apresentou uma justificativa coerente e que a dispensa viola leis federais de direitos civis.
A ex-juíza pede reintegração ao cargo, compensação financeira e uma declaração judicial de que seus direitos foram violados.
Fonte: ABC
