A Flórida responde por um terço de todas as mortes de imigrantes sob custódia do Immigration and Customs Enforcement (ICE) registradas em 2025. Dos 18 óbitos informados nacionalmente até agora, seis ocorreram em unidades do estado, segundo dados oficiais. Os números, porém, podem ser ainda maiores, já que o ICE não atualizou integralmente seu painel público de registros.
O último caso listado no site é de 22 de setembro, o que exclui a morte de Norlan Guzman-Fuentes, de 37 anos, baleado em Dallas no fim daquele mês enquanto estava sob supervisão do ICE. A defasagem indica que a contagem pode mudar conforme novos dados forem incluídos.
Desde 2018, o ano mais letal para imigrantes detidos pelo ICE na Flórida havia sido 2020, quando três pessoas morreram em meio ao auge da pandemia de Covid-19. Nos anos seguintes, não houve registros de mortes no estado até 2024, quando um óbito foi contabilizado.
Em 2025, a escalada coincide com o aumento das parcerias entre o ICE e forças de segurança estaduais e locais. Em outubro, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, elogiou o modelo da Flórida e incentivou outros estados a seguirem o exemplo para apoiar as metas migratórias do governo Trump.
No fim de setembro, o ICE anunciou que o estado receberia mais de US$ 38 milhões por sua participação nos acordos 287(g). Na região de Tampa Bay, apenas as delegacias locais solicitaram US$ 1,9 milhão em recursos para reforçar operações de imigração. Registros também revelam que, desde 2022, o ICE não publica relatórios de inspeção de suas unidades de detenção.
Fonte: WTSP
