Contaminação
Os advogados das vítimas alegam que a Johnson & Johnson sabia que o talco estava contaminado com amianto desde os anos 1970, mas falhou em alertar os consumidores. O talco é um mineral que, às vezes, pode ser encontrado no solo próximo ao amianto. A J&J nega que seus produtos contivessem amianto e insiste que o talco não causa câncer. A empresa acrescentou que vários estudos mostraram que seu talco é seguro e disse que o veredicto foi produto de um "processo fundamentalmente injusto". As evidências não são conclusivas. Há anos existe o receio de que o uso talco, particularmente em áreas próximas aos genitais, aumente o risco de câncer de ovário. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer classifica o uso de talco nos genitais como "possivelmente cancerígeno" por causa dos indícios contraditórios. A Food and Drug Administration (FDA), agência que regula medicamentos e alimentos nos EUA, pediu um estudo com diferentes amostras de talco, incluindo os da J&J, entre 2009 e 2010, mas não foi encontrado amianto nessas amostras. O advogado de acusação defendeu durante o julgamento que tanto a FDA quanto a empresa usaram métodos de teste falhos. Uma decisão anterior de um júri da Califórnia, em 2017, havia concedido US$ 417 milhões para uma mulher que afirmou ter desenvolvido câncer de ovário após usar os produtos da empresa, incluindo o talco. No entanto, essa decisão foi anulada e várias outras ações contra a J&J ainda estão por ser decididos. Com informações da Reuters.